Motorista confirma saques de R$ 3 milhões
Congresso em Foco
3/1/2006 | Atualizado às 14:47
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Em seu depoimento à sub-relatoria de Contratos da CPI dos Correios, nesta terça-feira, o motorista da Skymaster, Éder Jouber Ribeiro Cabo Verde, confirmou que fez pelo menos 90 saques nas contas da empresa nos bancos Real e Bradesco, em Manaus. A empresa é suspeita de fraudes nas licitações com os Correios.
Éder disse que sempre ia aos bancos acompanhado pelo funcionário da Skymaster Reginaldo Reges, que depôs há instantes na CPI. Dados levantados a partir da quebra de sigilo da empresa mostram que o motorista sacou R$ 3,081 milhões entre 24 de setembro de 2002 e 26 de abril de 2005. O motorista disse não saber o destino do dinheiro. "Eu sacava o dinheiro e entregava para ele. Depois, o levava até a empresa e não sei para onde ia o dinheiro", declarou à CPI.
Para realizar os saques, que por vezes chegavam a R$ 100 mil, Éder informou que apresentava apenas o documento de identidade e o CPF, sem nunca ter obtido procuração da empresa para apresentar aos bancos. O motorista afirmou que não conferia o dinheiro porque os valores eram muito altos.
O sub-relator de Contratos da CPI, José Eduardo Cardozo (PT-SP), disse que os saques são irregulares. "Isso só reforça que o dinheiro foi usado para pagamento de propina", afirmou. O deputado disse que vai enviar ofício ao Banco Central e às duas instituições financeiras pedindo informações sobre os saques. Ele disse que a CPI quer também identificar quem eram os gerentes, para que a Polícia Federal possa ouvi-los. Se necessário, pode haver ainda uma acareação entre Éder e Reginaldo.
Éder disse que sempre ia aos bancos acompanhado pelo funcionário da Skymaster Reginaldo Reges, que depôs há instantes na CPI. Dados levantados a partir da quebra de sigilo da empresa mostram que o motorista sacou R$ 3,081 milhões entre 24 de setembro de 2002 e 26 de abril de 2005. O motorista disse não saber o destino do dinheiro. "Eu sacava o dinheiro e entregava para ele. Depois, o levava até a empresa e não sei para onde ia o dinheiro", declarou à CPI.
Para realizar os saques, que por vezes chegavam a R$ 100 mil, Éder informou que apresentava apenas o documento de identidade e o CPF, sem nunca ter obtido procuração da empresa para apresentar aos bancos. O motorista afirmou que não conferia o dinheiro porque os valores eram muito altos.
O sub-relator de Contratos da CPI, José Eduardo Cardozo (PT-SP), disse que os saques são irregulares. "Isso só reforça que o dinheiro foi usado para pagamento de propina", afirmou. O deputado disse que vai enviar ofício ao Banco Central e às duas instituições financeiras pedindo informações sobre os saques. Ele disse que a CPI quer também identificar quem eram os gerentes, para que a Polícia Federal possa ouvi-los. Se necessário, pode haver ainda uma acareação entre Éder e Reginaldo.
