O corregedor da Câmara, deputado
Ciro Nogueira (PP-PI), pretende encerrar, ainda durante o período da convocação extraordinária (até 14 de fevereiro de 2006), as investigações sobre o suposto caso de boca-de-urna durante a votação que rejeitou o pedido de cassação do deputado Romeu Queiroz (PTB-MG).
Ciro Nogueira disse que o deputado Osvaldo Biolchi (PMDB-RS), acusado de ter feito a boca-de-urna em favor da absolvição de Queiroz, será notificado nesta quarta-feira (21) oficialmente pela Corregedoria da representação que corre contra ele.
Segundo o corregedor, apesar de o deputado Mauro Passos (PT-SC) ter apresentado a denúncia contra Biolchi à Mesa na última sexta-feira, a notificação só será feita nesta quarta porque o deputado tem que ser notificado pessoalmente e ele só estará em Brasília amanhã.
Biolchi informou à Corregedoria que está disposto a abrir mão do prazo regimental de defesa para ver a agilização do processo. Regimentalmente, Biolchi tem, após a notificação, cinco sessões ordinárias do plenário da Casa de prazo para apresentar sua defesa. Como as sessões ordinárias só estão previstas para 15 de janeiro, o deputado teria em tese o prazo de defesa contando apenas a partir desta data.
Biolchi reafirma sua inocência nas acusações. O deputado diz que, por engano, pegou duas cédulas oficiais no momento em que foi votar e acabou deixando uma delas cair no chão. Ao pegar a cédula, seu gesto foi confundido com boca-de-urna, já que ela apontava o voto contrário à cassação de Queiroz, que acabou sendo absolvido pela maioria no plenário.