Em depoimento ao Conselho de Ética, o presidente do PP, deputado Pedro Corrêa (PE), declarou que nunca recebeu vantagens indevidas no esquema do mensalão. Corrêa admitiu ter recebido R$ 700 mil do empresário Marcos Valério Fernandes, mas ressaltou que o dinheiro foi utilizado para pagar honorários do advogado Paulo Goyaz, que defende o deputado Ronivon Santiago (PP-AC) em 36 processos judiciais.
Desse total, R$ 600 mil teriam sido sacados por João Cláudio Genu, assessor da liderança do PP na Câmara. O restante teria sido repassado, em espécie, pela diretora-financeira da agência SMP&B, Simone Vasconcelos. Genu será ouvido pelo conselho ainda esta tarde. Segundo Marcos Valério, o assessor do PP recebeu R$ 4,1 milhões.
O deputado depõe neste momento no Conselho de Ética, onde responde a processo por quebra de decoro. Segundo Corrêa, a negociação do pagamento foi feita entre o líder licenciado do partido na Câmara, José Janene (PR), e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares.