Empresário diz que Palocci cobrava pedágio para liberar verbas
Congresso em Foco
19/11/2005 | Atualizado 20/11/2005 às 9:17
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Mais uma denúncia foi divulgada hoje contra o ministro da Fazenda, Antônio Palocci Filho (PT). O empresário Márcio Antônio Francisco acusa Palocci de liderar um esquema de liberação de verbas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em troca de "pedágio". De acordo com Márcio Francisco, o esquema teria como principal operador Nelson Rocha Augusto, atual presidente da corretora de títulos e valores do Banco do Brasil, a BB-DTVM, e ex-secretário de Planejamento de Palocci na Prefeitura de Ribeirão Preto (SP).
Márcio Francisco acrescentou que o esquema também teria como objetivo criar empresas fantasmas para emitir notas frias para a empreiteira local Leão & Leão - empresa investigada por esquemas de superfaturamento em serviços prestados para a prefeitura. "Eu estive pessoalmente com o Nelson várias vezes para combinar o esquema", relatou Márcio Francisco à revista IstoÉ Dinheiro. "O Nelson me disse que faria um empréstimo do BNDES de R$ 5 milhões para eu montar minha indústria de aguardentes, mas que o dinheiro só sairia se eu pagasse pedágio de 50% para o grupo. Ele revelou que já havia feito o mesmo para outras empresas. Disse também que com o Palocci no Ministério da Fazenda, a liberação do dinheiro seria muito rápida".
"Essa história é risível, ridícula e sem pé nem cabeça", reagiu Nelson Augusto. "Não conheço esse cidadão, nunca conversei com ele e em nenhum momento ele se reuniu comigo". Nelson Rocha completou dizendo que o patrimônio do Banco Ribeirão Preto (BRP) era de R$ 20 milhões, portanto, ele jamais poderia conceder empréstimos de R$ 5 milhões. Porém, a versão de Márcio Francisco diz que, caso o empréstimo fosse liberado, os recursos viriam do BNDES, cabendo ao BRP apenas o papel de agente financeiro. Procurado pela revista através de sua assessoria de imprensa, o ministro Palocci não se manifestou sobre a denúncia de Márcio Francisco até o fechamento da edição da revista.
Márcio Francisco acrescentou que o esquema também teria como objetivo criar empresas fantasmas para emitir notas frias para a empreiteira local Leão & Leão - empresa investigada por esquemas de superfaturamento em serviços prestados para a prefeitura. "Eu estive pessoalmente com o Nelson várias vezes para combinar o esquema", relatou Márcio Francisco à revista IstoÉ Dinheiro. "O Nelson me disse que faria um empréstimo do BNDES de R$ 5 milhões para eu montar minha indústria de aguardentes, mas que o dinheiro só sairia se eu pagasse pedágio de 50% para o grupo. Ele revelou que já havia feito o mesmo para outras empresas. Disse também que com o Palocci no Ministério da Fazenda, a liberação do dinheiro seria muito rápida".
"Essa história é risível, ridícula e sem pé nem cabeça", reagiu Nelson Augusto. "Não conheço esse cidadão, nunca conversei com ele e em nenhum momento ele se reuniu comigo". Nelson Rocha completou dizendo que o patrimônio do Banco Ribeirão Preto (BRP) era de R$ 20 milhões, portanto, ele jamais poderia conceder empréstimos de R$ 5 milhões. Porém, a versão de Márcio Francisco diz que, caso o empréstimo fosse liberado, os recursos viriam do BNDES, cabendo ao BRP apenas o papel de agente financeiro. Procurado pela revista através de sua assessoria de imprensa, o ministro Palocci não se manifestou sobre a denúncia de Márcio Francisco até o fechamento da edição da revista.
