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Ex-namorada de Celso Daniel encampa versão do PT

Congresso em Foco

8/11/2005 | Atualizado às 23:39

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Ivone Santana, que namorava o então prefeito de Santo André (SP), Celso Daniel (PT), quando ele foi assassinado em 2002, disse hoje à CPI dos Bingos que não acredita que o ex-prefeito tenha sido assassinado por questões políticas. A hipótese foi levantada pelos irmãos de Celso, João Francisco e Bruno Daniel. Em depoimento à comissão, eles relataram que o prefeito foi vítima de uma emboscada, montada a mando do PT, quando tentava desmantelar um esquema de arrecadação ilegal no município para o caixa dois do partido. "Acho que é uma forçação de barra vincular propina ao assassinato", afirmou Ivone.

Celso Daniel foi seqüestrado e morto em janeiro de 2002. O corpo dele foi encontrado em um matagal. João Francisco disse que o chefe de gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Gilberto Carvalho, foi até sua casa para falar a respeito do crime. Carvalho, que na época trabalhava na arrecadação de recursos para campanhas do PT, revelou ao irmão do prefeito a existência do esquema de pagamento de propina em Santo André. O chefe de gabinete, em seu depoimento à CPI, negou que tenha falado de qualquer esquema aos familiares do ex-prefeito. Ivone sustentou a versão do chefe de gabinete e da cúpula do PT. "Se houvesse esse esquema, o Gil (Gilberto Carvalho) nunca falaria para o João Francisco. Não tem o menor cabimento", completou.

A depoente disse que o relacionamento de Celso com os familiares era muito distante e, por isso, insinuou que eles não têm condições de saber a fundo o que pode ter motivado o assassinato. "Sem querer desmerecer a versão da família, mas eu acredito na versão do Gil", afirmou. Ivone disse que, embora seja próxima a Carvalho, desconhece que ele tenha levado dinheiro para a sede do PT em São Paulo, como afirmou João Francisco.

A ex-namorada do prefeito lembrou que no primeiro depoimento de João Francisco à Polícia Civil de São Paulo, ele mesmo declarou ser distante do irmão. "Ele não estava sob pressão e disse que era distante. E era a verdade", afirmou. À CPI, porém, Francisco disse que era bastante próximo ao irmão morto. Segundo Ivone, um dos motivos para esse distanciamento era a falta de afinidade política. "Na família, o Celso que fazia militância de esquerda e todo o resto fazia militância de direita", disse.

Quanto ao depoimento da diarista de Celso Daniel, que relatou ter encontrado sacos com dinheiro escondidos na casa do ex-prefeito, Ivone afirmou que tudo não passa de uma "mentira deslavada". "Dá para acreditar que um político leva dinheiro para casa?". O relator da CPI, senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), alfinetou: "Hoje em dia se leva até na cueca", em alusão ao caso envolvendo um assessor do PT, que foi flagrado ao viajar com dólares dentro da cueca. "Eu não gosto de generalizar", respondeu Ivone.

A depoente disse que, apesar de ser uma das pessoas mais próximas do prefeito assassinado, o Ministério Público nunca demonstrou interesse em ouvi-la. "Não fui ouvida. Eles disseram que não tinham interesse", relatou. Ela criticou a família de Celso e afirmou que ser reconhecida como cônjuge dele não era um favor, mas sim "reconhecer o óbvio". "O Gil aproximou a família quando houve o seqüestro, porque ele achou que era o que devia ser feito. Mas quando os irmãos estavam dando entrevista junto com o PT, eu fiquei velando o corpo do Celso", afirmou.
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