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Temperatura estável

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3/8/2005 12:17

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Após a elevação da temperatura política na quarta-feira, o termômetro da crise do governo manteve-se estável ontem. Governo e oposição decidiram adiar o início das investigações da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos, cuja instalação foi determinada anteontem pelo Supremo Tribunal Federal (STF), para concentrar os esforços na CPI dos Correios.

Ao contrário do dia anterior, quando o ex-funcionário dos Correios Maurício Marinho reforçou a série de ataques iniciada pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) à cúpula petista e associou, pela primeira vez, o nome do ministro de Comunicação de Governo, Luiz Gushiken, a supostas irregularidades na estatal, a quinta-feira foi marcada pela apresentação da defesa de dois protagonistas da crise: o deputado José Dirceu (PT-SP) e o publicitário Marcos Valério Fernandes.

Uma investigação de cada vez

Por determinação do STF, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) indicou ontem os representantes dos partidos para a CPI dos Bingos. Governo e oposição chegaram à conclusão de que é melhor concentrar esforços nas investigações sobre denúncias de corrupção nos Correios e deixar a apuração do envolvimento do ex-assessor da Casa Civil Waldomiro Diniz com a jogatina para um segundo momento.

"As atenções devem ser centradas nos Correios e no mensalão. A coisa é como moda, a moda da vez. O escândalo da vez é o dos Correios e o do mensalão, não vamos complicar o meio-campo", afirmou líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM). A intenção dos oposicionistas é de que o caso Waldomiro seja apurado após a conclusão da CPI dos Correios.

Segundo o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), a instalação de mais uma CPI seria imprudente. "Não há nem senadores para tanta CPI. Não podemos ter seis ou sete comissões funcionando ao mesmo tempo. Nesse quadro, é absolutamente imprudente instalar o que quer que seja", disse.


Empresário assume gravação de fita

Em depoimento à CPI dos Correios ontem, o empresário Arthur Waschek admitiu que pagou mais de R$ 10 mil para provar que o ex-chefe do Departamento de Contratações Maurício Marinho cobrava propina para beneficiar negócios de empresas na estatal. Ele disse que não imaginava que o caso pudesse se transformar num escândalo nacional. O empresário disse que decidiu fazer a gravação ao perceber que os seus negócios estavam sendo prejudicados por Marinho.

"Da minha parte não houve motivação política. Meu objetivo era dar um basta no que estava acontecendo nos Correios. Foi uma decisão difícil mandar fazer a gravação. Foi uma manobra radical, que não pretendo repetir. Para mim, foi um péssimo negócio tudo que aconteceu. Há 20 dias estou fora da minha empresa, estou estremecido com meu sócio. Foi um tiro em mim mesmo", afirmou. O depoimento de Waschek foi sucedido pelo de Antonio Velasco, seu sócio, que negou ter envolvimento na gravação.

CPI vai ouvir diretores citados por Jefferson

Na próxima semana, a CPI deve ouvir diretores dos Correios, entre eles, os das áreas de Tecnologia (Eduardo Medeiros) e Operações (Maurício Coelho Madureira), supostamente indicados pelo secretário-geral do PT, Sílvio Pereira. Segundo o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), as duas diretorias seriam o principal foco de corrupção da estatal.

Acusado de pedir propina para favorecer empresas em processo licitatório, Maurício Marinho foi ouvido ontem novamente pela Polícia Federal. Ele se recusou a dar mais detalhes sobre o esquema de corrupção na estatal e condicionou falar o que sabe sobre o caso à garantia de que não será demitido da empresa, onde trabalha há quase 30 anos.


Dirceu admite conhecer publicitário, mas desmente Jefferson

Em depoimento secreto à Corregedoria da Câmara, Dirceu negou participação no suposto esquema de corrupção denunciado por Jefferson. Desmentiu a versão do petebista de que teria sido informado sobre o envolvimento do tesoureiro do PT, Delúbio Soares, na compra de deputados. Segundo relato de participantes da reunião, o ex-chefe da Casa Civil disse que ouviu falar do mensalão pela primeira vez nos jornais.

Durante os 50 minutos de depoimento, Dirceu respondeu a 40 perguntas. A respeito
das declarações de Jefferson, confirmou apenas que, de fato, procurou o ex-presidente do PTB para pedir que retirasse a assinatura do pedido de criação da CPI dos Correios.

Admitiu também conhecer o publicitário Marcos Valério, apontado por Jefferson como operador do pagamento de R$ 30 mil mensais a parlamentares do PL e do PP, mas não especificou o grau de envolvimento entre os dois. O ex-ministro negou ainda que Delúbio e o secretário-geral do PT, Sílvio Pereira, despachassem numa sala ao lado da sua na Casa Civil.

Acareação indefinida

O corregedor-geral da Câmara, Ciro Nogueira (PP-PI), disse que o colegiado ainda não decidiu se vai fazer acareação entre Dirceu e Jefferson. Segundo ele, a decisão só será anunciada depois que a sindicância ouvir todos os 41 depoentes relacionados. Até agora, 11 pessoas foram ouvidas. Além do ex-chefe da Casa Civil, prestaram esclarecimentos ontem os líderes do PL, Sandro Mabel (GO), e do PTB, José Múcio (PE).

Publicitário nega envolvimento com mensalão

Sócio de duas das maiores agências de publicidade de Belo Horizonte, o empresário Marcos Valério Fernandes encaminhou ofício ao procurador-geral da República, Cláudio Fonteles, negando ser "operador" do mensalão. O publicitário pôs à disposição do Ministério Público Federal os seus sigilos bancário e fiscal e o de suas empresas.

Marcos Valério disse que os contratos que suas agências mantêm com o governo foram obtidos por meio de licitações públicas, em sua maioria realizada em gestões governamentais anteriores à do PT. O publicitário também desmentiu o deputado Roberto Jefferson e sua ex-secretária Fernanda Karina Somaggio de que teria entregue "malas de dinheiro" a parlamentares.

Em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, Marcos Valério disse estar sendo usado por Jefferson como estopim "para acender o canhão contra o governo". O publicitário afirmou que foi envolvido por Jefferson na denúncia por causa de sua amizade com o tesoureiro do PT, Delúbio Soares.

"O deputado Roberto Jefferson mente, sem apresentar provas e ataca a honra das pessoas. Esperei muito tempo para responder porque estava reunindo provas para provar que, na primeira quinzena de julho de 2004, ele não poderia ter encontrado comigo", reagiu.

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