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Congresso em Foco
21/8/2017 | Atualizado às 11:22
[fotografo]Wilson Dias/Abr[/fotografo][/caption]
O encontro entre o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o presidente Michel Temer provocou atrito entre os diretórios estadual e municipal do PSDB em São Paulo. A direção estadual retrucou a nota divulgada pelo presidente do partido na capital paulista, o vereador Mario Covas Neto, com críticas ao presidente afastado do legenda.
Covas Neto manifestou desconforto com a reunião fora da agenda entre Temer e Aécio e cobrou do senador mineiro que comprove sua inocência para voltar ao comando da sigla. "A presença de Aécio Neves hoje, em reuniões internas ou públicas, só nos causa desconforto e embaraços. Prove sua inocência, senador, e aí sim retorne ao partido", desafiou o presidente do PSDB na capital paulista.
Segundo ele, o único que pode falar em nome da sigla é o presidente nacional em exercício, senador Tasso Jereissati (CE). Tasso lidera a ala dos tucanos que apoiam o rompimento com o governo Temer e a entrega dos cargos, a começar pelos quatro ministérios que o partido ocupa. Aécio encabeça o grupo que quer continuar com o peemedebista.
Logo em seguida, o diretório estadual, presidido pelo deputado Pedro Tobias (SP), divulgou comunicado reprovando a manifestação de Covas Neto. "O PSDB de São Paulo defende veementemente o direito democrático de todo brasileiro de emitir sua opinião, mas não pode concordar com o posicionamento do vereador Mario Covas Neto a respeito da iniciativa do senador Aécio Neves de se reunir com o presidente Michel Temer para discutir assuntos referentes ao seu estado", diz o texto. "Como senador eleito por Minas Gerais, Aécio tem o dever de exercer na plenitude o seu mandato. Compromissado com os valores e com o programa tucano, o PSDB paulista trabalha e continuará atuando pela unidade partidária em todos os seus níveis", acrescenta a nota assinada por Pedro Tobias.
Responsabilidade
Aécio se defendeu ontem, também por meio de nota. Disse que os tucanos têm responsabilidade com a estabilidade nacional. Segundo ele, o encontro com Temer foi para tratar de assuntos relacionados à Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). "O PSDB tem responsabilidade para com a estabilidade política e a recuperação econômica do país, o que torna natural que lideranças do partido tenham conversas com o presidente e membros do governo. Estranho seria se isso não ocorresse", afirmou Aécio.
Temer também rebateu a nota do PSDB paulistano. "Teorias da conspiração são assunto de quem não tem o que fazer", escreveu o presidente no Twitter. Ele disse que não trata de assuntos internos de outros partidos e que as reuniões que faz são para tratar de temas de interesse do governo.
Aécio está afastado da presidência do PSDB desde maio, quando chegou a ser afastado do Senado, após a divulgação de áudios e da delação da JBS. Em uma das conversas, ele pede ao empresário Joesley Batista o repasse de R$ 2 milhões. O dinheiro foi entregue a um primo do senador, que chegou a ser preso pela Polícia Federal, assim como Andrea Neves, irmã do tucano, apontada como responsável pela transação.
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