Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Câmara atrasa votação de novo rito para MPs

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

Câmara atrasa votação de novo rito para MPs

Congresso em Foco

24/10/2011 7:00

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA
[caption id="attachment_55063" align="alignright" width="319" caption="Ao receber PEC que altera o rito das MPs, Marco Maia perguntou: "O que o governo acha?" - Rodolfo Stuckert/Câmara"][/caption] Patrocinada pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e elaborada em acordo com os principais líderes da Casa, a proposta de emenda à Constituição (PEC) que estabelece um novo rito para as medidas provisórias pode gerar um novo clima de conflito entra deputados e senadores.  Apesar do pedido de pressa na apreciação, a matéria está há mais de dois meses parada na Câmara. O projeto, aprovado em 17 de agosto pelo plenário do Senado, prevê o prazo de 80 dias, a partir da edição da MP, para análise pela Câmara. Os senadores, então, terão 30 dias para examinar a proposta aprovada pelos deputados. Os dez dias restantes serão reservados à Câmara para apreciação de eventuais emendas aprovadas pelo Senado. Assim, acaba a situação atual, na qual os senadores, diante do fato de receberem a MP com prazo curtíssimo antes de expirarem, acabam forçados a aprová-las de qualquer jeito, diante da pressão do governo. A Câmara, porém, não parece muito interessada em resolver o problema dos senadores e deixa a PEC dormindo em suas gavetas. A demora no trâmite já irrita senadores da base e da oposição. O projeto tem sido tratado como uma questão de honra para os integrantes do Senado. Aliados do governo e oposicionistas viveram um raro momento de concordância quanto ao fato de que precisavam disciplinar o rito das MPs. Como toda medida provisória começa a tramitar pela Câmara, os deputados hoje consomem grande parte dos 120 dias do prazo máximo para análise da matéria. E sobra quase nada de tempo para os senadores. A irritação com a situação é tão grande que em uma dessas ocasiões, eles quase trocaram socos numa sessão. Em dois momentos, houve a recusa de analisar MPs, que acabaram expirando. Reunião A repetição dessa situação levou os senadores a combinarem um basta. E a determinação de criar um rito que desse ao Senado tempo para também analisar as MPs partiu do próprio presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Ele é o autor do projeto original. Na busca por um entendimento institucional, que fosse do Senado como um todo, entregou-se a relatoria do projeto a um senador da oposição, Aécio Neves (PSDB-MG). O projeto disciplinando a tramitação das MPs, estabelecendo prazos para apreciação no Congresso, foi aprovado pelo Senado mas patina na Câmara. Primeiro, não é um problema para os deputados, mas apenas para os senadores. Além disso, desconfia-se que há uma orientação do governo, que, no formato atual, acaba com mais capacidade de impor o texto original das MPs, evitando modificações. No Senado, a maioria governista costuma ser mais tênue. "Não estou sentindo vontade da Câmara para aprovar a matéria", avaliou o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF). No dia seguinte à aprovação da PEC no Senado, um grupo de senadores de diversos partidos se reuniu com o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS). Eles pediram pressa na votação da proposta. Já de início, parecia haver uma certa resistência de Marco Maia, segundo os senadores.  Ele não garantiu celeridade na votação nem a manutenção do texto aprovado. Na Câmara, a tramitação de uma PEC é mais demorada. Primeiro passa pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para análise de constitucionalidade e juridicidade. Depois da CCJ, é criada uma comissão especial para o conteúdo da proposta ser debatido entre os deputados. Somente após a aprovação no colegiado, que tem prazo mínimo de dez sessões para funcionar, é que a matéria vai ao plenário. O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-DF), defende-se da acusação dos senadores dizendo que é essa rotina da Câmara que torna o processo lento, não exatamente uma má vontade dos deputados. "A matéria está tramitando normalmente", disse Marco Maia ao Congresso em Foco após ser questionado sobre a PEC na última quinta-feira (20). Os senadores, no entanto, desconfiam. "Saí de lá desanimado", confessou o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) ao lembrar da reunião com Marco Maia em agosto. Para o tucano, os deputados não mostram vontade alguma de aprovar um novo rito para as medidas provisórias. "Acho um descaso, uma coisa lamentável essa demora", comentou Ferreira. O que o governo acha? O senador paulista recordou uma pergunta feita pelo presidente da Câmara durante a reunião. "O que o governo acha dessa proposta?", perguntou Marco Maia, segundo o tucano. O senador paulista relata o espanto ao ouvir o questionamento. Para ele, o fato de o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), ter entrado em acordo sobre a PEC já revela a opinião do Palácio do Planalto. Depois, para o senador paulista, o assunto regulamenta o trâmite das medidas provisórias dentro do Congresso, sendo uma prerrogativa das duas Casas. "Tivemos um grande acordo no Senado, inclusive com a anuência do governo. Mas Maia disse que a posição do governo aqui não é necessariamente a mesma do que na Câmara", lamenta o tucano. Rebelião Caso a votação continue demorando, os senadores alertam que isso pode provocar mesmo um clima de rebelião no Senado. "Isso em algum momento pode gerar um desconforto grande, com o Senado se recusando a analisar uma medida provisória", resumiu Rollemberg. A opinião do socialista exprime o sentimento dos colegas de Senado, tanto da base quanto da oposição.  Tanto em público quanto reservadamente, os senadores reclamam do pouco tempo para analisar as propostas enviadas pelo governo. Em 6 de junho, quando as duas MPs foram arquivadas após a briga de governistas e oposicionistas, o motivo inicial foi uma matéria com 19 assuntos diferentes. Aprovada, propiciou o clima para uma revolta surgir e deu a munição para a oposição derrotar o governo. Relator Aprovada em 17 de agosto pelo Senado, a PEC que altera o rito das MPs passou a tramitar no dia seguinte na Câmara. Após duas semanas, chegou à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Desde 1o de setembro, estava parada. Somente na última quarta-feira (19) é que o presidente da CCJ, João Paulo Cunha (PT-SP) designou um relator para a matéria. O nome escolhido foi de Ricardo Berzoini (PT-SP). João Paulo tenta explicar por que demorou mais de um mês para escolher um relator. "A demora para indicar o relator ocorreu por conta da quantidade de trabalho na comissão", disse ele ao Congresso em Foco. João Paulo afinal escolheu o colega petista, mas até a quarta-feira (19) Berzoini ainda não tinha sido avisado da tarefa. E já dava sinais de que não há pressa na sua análise. "Ela [a PEC] vai ser analisada com a cautela que o tema exige", afirmou.
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

pictures

Temas

Reportagem

LEIA MAIS

Justiça

Damares é condenada a indenizar professora por vídeo postado em redes sociais

Senado

Governo deve perder controle de quatro comissões no Senado

LEI DA FICHA LIMPA

Bolsonaristas articulam mudança na Ficha Limpa para tornar Bolsonaro elegível

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

COMÉRCIO

Câmara vota fim da regra que exige acordo para trabalho em feriados

2

Piso Salarial

Comissão da Câmara aprova piso salarial para tradutores e intérpretes

3

GUERRA NO ORIENTE MÉDIO

Grupo de políticos brasileiros tenta sair de Israel pela Jordânia

4

TRÊS PODERES

Entenda as "emendas paralelas" que entraram no radar do STF

5

Agenda

Lula participa de Cúpula do G7 no Canadá

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES