Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
Autoria e responsabilidade de Mario Coelho
31/1/2014 | Atualizado 1/2/2014 às 20:44
[fotografo]Geraldo Magela/Agência Senado[/fotografo][/caption]A Procuradoria da República no Distrito Federal entrou com 14 ações de improbidade para cobrar R$ 6 milhões do ex-senador Efraim Morais (DEM-PB) e de 50 ex-funcionários acusados de serem fantasmas no Senado. Para os procuradores responsáveis pelos processos, apesar de nomeados para trabalhar na Primeira Secretaria da Casa, eles nunca exerceram de fato suas funções. A maioria, acredita o Ministério Público, foi usada como cabo eleitoral na Paraíba.
As ações serão julgadas pela 6ª Vara Federal do DF. De acordo com o Ministério Público, a investigação começou em 2009. Durante a apuração, para os procuradores, ficou comprovado que a maioria dos servidores nomeados por Efraim fazia atividades típicas de cabo eleitoral, como acompanhar o ex-senador em visitas à região, organizar sua agenda, marcar reuniões com lideranças locais e anotar reivindicações da população. Muitos admitiram, ainda, terem sido contratados por força de contatos políticos e amizade.
Em uma das peças, os procuradores afirmam que o resultado das investigações é "estarrecedor". "Essa descrição revela que o ex-senador Efraim Morais efetivamente valeu-se do quadro de cargos à disposição da Primeira Secretaria do Senado Federal para desviar recursos públicos em favor de parentes, apadrinhados políticos e cabos eleitorais, mediante nomeações para cargos em comissão de forma irregular e sem a devida contraprestação pelos proventos recebidos", dizem os procuradores.
As peças são assinadas pelos procuradores da República Márcia Brandão Zollinger, Paulo Roberto Galvão de Carvalho, Luciana Loureiro Oliveira e Igor Nery Figueiredo. Segundo o MPF, todos os envolvidos tiveram a movimentação financeira analisada, mas não foi comprovada a divisão de recursos entre eles, nem mesmo a apropriação de parte dos vencimentos pelo ex-senador.
A passagem de Efraim Filho pela Primeira Secretaria do Senado foi marcada por denúncias de irregularidades. Por determinação da Justiça, ele teve R$ 750 mil em bens bloqueados, acusado de ter causado danos ao patrimônio ao deslocar, para o seu gabinete, funcionários de um programa de inclusão digital do Legislativo, o Interlegis. O caso foi revelado em 2008 pelo Congresso em Foco. A decisão que atinge o ex-parlamentar foi proferida outubro pela juíza federal substituta Maria Lina Silva do Carmo, da 20ª Vara Federal.
Outros textos sobre Efraim Morais
Nosso jornalismo precisa da sua assinaturaTemas
Segurança pública
PSB destitui advogados da ADPF das Favelas e é alvo de nota de repúdio
SEGURANÇA PÚBLICA
Hugo Motta quer usar arrecadação das bets para financiar segurança
SEGURANÇA PÚBLICA
Hugo Motta: Câmara vai priorizar PEC da Segurança e projeto antifacção