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5/10/2017 19:28
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Falastrões como sempre, os italianos reconhecem que são a mão que move os cordéis por trás dos panos. No Twitter, o ministro das Relações Exteriores Angelino Alfano exultou com a prisão de Battisti, afirmou que quer mesmo arrancá-lo do Brasil e admitiu singelamente as tais tratativas sigilosas que o governo brasileiro nega existirem, segundo informou a agência Ansa. Eis, ipsis litteris, o que ele escreveu:
"Hoje trabalhamos com o embaixador [Antonio] Bernardini para trazer Battisti de volta e entregá-lo à Justiça. Continuamos trabalhando com as autoridades brasileiras".
Temos de olhar com a máxima apreensão a aparente disposição da PF de encontrar um pelo em ovo que justifique a extradição ou, pelo menos,  a deportação para país no qual Cesare não estivesse a salvo da vendeta dos neofascistas italianos.
Compreendo que o companheiro Cesare Battisti tenha ficado transtornado com a ameaça de renovarem a tentativa de 2015, de uma extradição mandrake para a Itália. A notícia d'O Globo e o aparente alerta que o Rui Martins e eu recebemos eram mesmo para inquietar qualquer um, muito mais alguém que está há tanto tempo sofrendo uma perseguição sem fim. Traumas e estresse foram minando a sua resistência psicológica, até que hoje ele não aguentou mais a barra.
Mas, atravessar a fronteira com a Bolívia não era a solução. Foi um passo precipitado e desastrado. Melhor seria ter ficado por aqui mesmo, num rancho fundo bem pra lá do fim do mundo qualquer. Espero que dê para colarmos os cacos da viola. E que o Brasil lhe devolva a paz de espírito, garantindo que agirá como manda o figurino jurídico.
Cabe às autoridades atuais honrarem a decisão tomada pelo presidente Lula em 2010 e referendada pelo STF em 2011, pois anular um ato jurídico perfeito mediante um mero decreto administrativo, sem consulta ao Supremo, apenas para bajular italianos revanchistas, seria mais um passo no sentido da bananização de nossa república.
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Falastrões como sempre, os italianos reconhecem que são a mão que move os cordéis por trás dos panos. No Twitter, o ministro das Relações Exteriores Angelino Alfano exultou com a prisão de Battisti, afirmou que quer mesmo arrancá-lo do Brasil e admitiu singelamente as tais tratativas sigilosas que o governo brasileiro nega existirem, segundo informou a agência Ansa. Eis, ipsis litteris, o que ele escreveu:
"Hoje trabalhamos com o embaixador [Antonio] Bernardini para trazer Battisti de volta e entregá-lo à Justiça. Continuamos trabalhando com as autoridades brasileiras".
Temos de olhar com a máxima apreensão a aparente disposição da PF de encontrar um pelo em ovo que justifique a extradição ou, pelo menos,  a deportação para país no qual Cesare não estivesse a salvo da vendeta dos neofascistas italianos.
Compreendo que o companheiro Cesare Battisti tenha ficado transtornado com a ameaça de renovarem a tentativa de 2015, de uma extradição mandrake para a Itália. A notícia d'O Globo e o aparente alerta que o Rui Martins e eu recebemos eram mesmo para inquietar qualquer um, muito mais alguém que está há tanto tempo sofrendo uma perseguição sem fim. Traumas e estresse foram minando a sua resistência psicológica, até que hoje ele não aguentou mais a barra.
Mas, atravessar a fronteira com a Bolívia não era a solução. Foi um passo precipitado e desastrado. Melhor seria ter ficado por aqui mesmo, num rancho fundo bem pra lá do fim do mundo qualquer. Espero que dê para colarmos os cacos da viola. E que o Brasil lhe devolva a paz de espírito, garantindo que agirá como manda o figurino jurídico.
Cabe às autoridades atuais honrarem a decisão tomada pelo presidente Lula em 2010 e referendada pelo STF em 2011, pois anular um ato jurídico perfeito mediante um mero decreto administrativo, sem consulta ao Supremo, apenas para bajular italianos revanchistas, seria mais um passo no sentido da bananização de nossa república.
<< Ainda o Caso Battisti! As ditaduras não respeitam as leis nem os direitos humanos*Celso Lungaretti, jornalista e escritor, mantém o blog Náufrago da Utopia