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Congresso em Foco
Autoria e responsabilidade de Eduardo Militão
27/6/2014 | Atualizado 28/6/2014 às 10:53
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Duas investigações do Ministério Público e um pedido de apuração na Polícia Federal prometem esclarecer o que o governo federal, o governo de cubano e a empreiteira Odebrecht não explicam, alegando sigilo bancário e uma decretação de segredo por até 30 anos. Os procuradores querem saber qual a legalidade dos empréstimos concedidos pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a empreendimentos em países como Cuba, Venezuela, Equador e Angola. Nesses quatro países, o banco já destinou US$ 4,7 bilhões em crédito nos últimos cinco anos. Ao menos na ilha dos irmãos Fidel e Raul Castro, os empréstimos ainda contaram com subsídios dos cofres públicos, como revelou o Congresso em Foco.
Outra frente de apuração é entender um financiamento que a Odebrecht prestou, sem receber nada até hoje, a uma consultoria que depois inspecionaria a qualidade das obras do porto construído pela empreiteira em Cuba, usando recursos do BNDES. Uma planilha, cuja autenticidade é negada pela empreiteira, revela devolução de pagamentos entre as duas empresas, como mostrou este site.
A investigação mais recente foi aberta este mês pela Procuradoria da República no Distrito Federal, motivada pela série de reportagens do Congresso em Foco sobre o porto de Mariel. O 4º Ofício do Núcleo de Combate à Corrupção do órgão solicitou documentos e informações ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), ao BNDES, à Odebrecht e à empresa de consultoria Noronha Engenharia. O Ministério Público determinou ainda que sejam anexados à investigação documentos publicados por este site sobre o assunto, como contratos, emails e infográficos.
A Procuradoria ainda estuda pedir informações sobre a movimentação bancária das empresas. De antemão, abriu um inquérito civil público e ainda determinou à Polícia Federal para instaurar um inquérito criminal sobre o caso.
71% em cinco anos
No Rio de Janeiro, a procuradora da República Ana Cristina Bandeira Lins abriu outro inquérito civil público, no início de março. O objetivo é checar a regularidade dos empréstimos do banco estatal na América do Sul, no Caribe e na África. O objetivo é conferir a "legalidade" dos empréstimos feitos pelo BNDES "a outros países, tais como Cuba, Venezuela, Angola e Equador". A apuração foi iniciada a partir de uma representação anônima entregue ao Ministério Público.
Só porto cubano de Mariel, a partir de 2010, foram emprestados US$ 692 milhões, com até US$ 107 milhões de créditos a fundo perdido, como revelou o Congresso em Foco. Desde 2009, a ilha dos irmãos Castro recebeu US$ 759 milhões. Juntas todas essas nações, Venezuela, Cuba, Angola e Equador, receberam do BNDES quase US$ 4,7 bilhões nos últimos cinco anos, de acordo com dados do banco obtidos pelo site. Isso representa 71% de todos os repasses desde 1998: US$ 6,6 bilhões.
OS REPASSES DO BNDES
| País | Empréstimos (US$ milhões) |
| Angola | 2.328,1 |
| Cuba | 759,1 |
| Equador | 120,0 |
| Venezuela | 1.480,2 |
| Total | 4.687,7 |
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