Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
17/2/2013 | Atualizado às 22:37
[caption id="attachment_100860" align="alignright" width="300" caption="Cair na rede: problemas no PT tiraram Marina (esq.) e Heloísa do partido de Lula e agora seduzem Suplicy (centro)"][/caption]
Ao lançar o partido Rede Sustentabilidade, no sábado (16), em cerimônia que reuniu políticos insatisfeitos com suas legendas, entre petistas, tucanos, verdes e gente até do PSOL, a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva evitou revelar que o ato marcava o início de sua candidatura para as eleições de 2014. Respaldada por cerca de 20 milhões de votos em 2010, quando disputou o cargo pelo PV, Marina viu na cerimônia que o "movimento", outro termo escolhido para simbolizar a ideia de "rede", interessou a mais políticos do que ela poderia imaginar.
Dirigentes dizem que Renan não poderá integrar Rede
Estão envoltos na Rede desde petistas históricos, como Eduardo Suplicy (SP) e Domingos Dutra (MA), fundadores do partido, passando por ex-petistas como Heloisa Helena (PSOL-AL) e Serys Slhessarenko (sem partido-MT), até a gente como os deputados Reguffe (PDT-DF), Alfredo Sirkis (PV-RJ) e Walter Feldman (PSDB-SP). Dutra, Sirkis e Feldman já anunciaram filiação à Rede.
Curta o Congresso em Foco no Facebook
Siga o Congresso em Foco no Twitter
Estavam todos lá para apoiar a fundação da legenda e, objetivamente, viabilizar a candidatura Marina em 2014. A ex-ministra só dizia que a questão ainda estava no estágio de "uma discussão". "Por enquanto, é apenas uma possibilidade", despistou Marina.
Mas não era apenas isso para seus aliados. Para a ex-senadora Heloísa Helena, dissidente petista e fundadora do PSOL, essa já é uma realidade à espera apenas da exigência legal para a criação da Rede, a 500 mil assinaturas de adesão. Em entrevista ao Congresso em Foco logo após a aclamação do nome da legenda, Heloisa disse que o evento significava "a estruturação de uma corrente política na vida nacional que possa criar as condições objetivas de superar a fraude da falsa polarização PT-PSDB, e termos a candidatura de Marina em 2014". Em 2010, a ex-senadora provocou uma briga interna no PSOL porque defendia que o partido apoiasse a candidatura de Marina ao Palácio do Planalto. Mas o PSOL acabou lançando Plínio Arruda.
Tanto Heloísa como Suplicy já assinaram a lista de adesões que possibilitará a criação do partido. Dizendo-se tentado "a cair na rede", frase dita entre Marina e Heloisa no púlpito do evento, Suplicy fez menção não só à afinidade com as duas, mas com o que o partido pretende colocar em seu estatuto. Ele que diz não acreditar que o PT estude outro nome da sigla para lançar ao Senado em seu lugar. "Quero insistir com o PT sobre a aprovação dessas medidas de democratização, como o processo de escolha dos candidatos", alfinetou o senador. Em 2002, ele disputou prévias com Lula, exatamente para definir que sairia candidato naquele ano contra José Serra (PSDB). Lula venceu as prévias e conseguiu eleger-se presidente da República.
No governo do PT, Suplicy sempre esteve à margem das grandes decisões. Além de jamais poder tornar-se um ministro, não é o tipo de "companheiro" preferido nas audiências no Palácio do Planalto. Antes de a Justiça condenar a cúpula do partido à prisão no episódio do mensalão, Suplicy foi um dos petistas que criticaram a própria legenda no caso de compra de votos de parlamentares.
Agora, o partido, sob forte influência de Lula, quer que outro petista saia candidato ao Senado. Para evitar isso, Suplicy diz que só aceita trocar o cargo se o candidato for Lula, que odeia o Legislativo.
Nova política
Outro petista insatisfeito prestes a cair na "rede" de Marina Silva é Domingos Dutra (MA), adversário ferrenho do senador José Sarney. Ele está inconformado com o apoio de Lula e da cúpula do partido ao "maior oligarca" do Brasil. "Após 33 anos de PT, estou aqui para fazer uma nova política", sintetizou o deputado maranhense, que chegou a fazer greve de fome no Plenário da Câmara, em junho de 2010, depois de contrariar a direção nacional do partido e apoiar o então candidato a governador Flávio Dino (PCdoB-MA), da base aliada. Mas o PT nacional interferiu e a legenda apoiou a filha de Sarney, Roseana Sarney (PMDB), que venceu as eleições.
Segundo o estatuto do partido ainda a ser elaborado, Marina disse exatamente o que Suplicy diz querer ser praticado no PT - escolha democrática entre a militância sobre os candidatos do partido a cargos eletivos. Essa restrição tirou o senador de disputas, por exemplo, da prefeitura de São Paulo. Com a imposição de Lula, foi escolhido Fernando Haddad, que acabou ganhando a eleição do ano passado.
Urgente!
Marina até tentava disfarçar a candidatura de 2014. "Somos uma rede, e é possível que possam aparecer outras possibilidades [de candidatura à Presidência]. E estamos abertos para encontrar [alternativas] em nós mesmos", discursou. Aos gritos, a multidão pedia o contrário: "Partido, urgente, Marina pra presidente!".
A ex-ministra do Meio Ambiente foi cortejada por políticos de partidos diversos no evento. "Vim só dar apoio a Marina para a criação do partido", disse Reguffe à reportagem, depois de cumprimentar a ex-ministra, que se preparava para uma entrevista coletiva. Ele garantiu que continuará no PDT.
Dirigentes dizem que Renan não poderá integrar Rede
Editorial: a rendição do Congresso ao chiqueiro da política
Tudo sobre Eleições 2014
Tags
Temas
LEIA MAIS
ENCONTRO DE ALIADOS
EXPLORAÇÃO SEXUAL INFANTIL
Deputado pede prisão de Hytalo Santos após denúncia de Felca
Tributação Financeira
Haddad debate nova tributação de fundos e ativos virtuais no Senado