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O peso político do sobrenome

Congresso em Foco

29/3/2012 | Atualizado às 8:10

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[caption id="attachment_67506" align="alignleft" width="318" caption="Para a professora Arleth, o caso de Nice Lobão mostra que não é o desempenho que determina em muitos casos a eleição de um político - Foto: arquivo pessoal"][/caption] Para a cientista política Arleth Borges, da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), o caso do número de ausências da deputada Nice Lobão (PSB-MA) revela dois pontos. Primeiro: o desempenho parlamentar não é hoje determinante para uma eleição. Segundo: as elites políticas brasileiras mantêm o costume de dar as costas ao eleitorado logo após se elegerem. "Uma pessoa com esse nível de ausência não pode ter desempenho parlamentar e legislativo sequer razoável. Há outros fatores que determinam a eleição, como o poder econômico e o pertencimento a determinados grupos políticos. A deputada pertence a um grupo poderoso político local", afirma a professora. De acordo com a professora, as elites políticas brasileiras se consideram dispensadas de oferecer contrapartidas mínimas ao eleitorado e se valem do controle dos meios de comunicação para manter o poder. "Mesmo com potencial para causar indignação, esse tipo de informação sobre a atuação deles não chega ao eleitor. A família Lobão, por exemplo, participa do monopólio dos grandes grupos de comunicação do estado", afirma Arleth. Um terceiro ponto destacado pela professora é a força das alianças feitas por políticos tradicionais, como os Lobão, com lideranças locais, geralmente prefeitos que arregimentam eleitores para seu grupo. "As razões para essas alianças envolvem muitas trocas entre candidatos e lideranças, movimentando benefícios materiais para os municípios ou para os próprios agentes; financiamentos de campanhas; campanhas em 'dobradinha'; acesso privilegiado a serviços do poder público; convênios, nos casos em que o governador atua como uma espécie de fiador desses acordos; vínculos de parentesco etc.", afirma. Mas os elementos negociados, por diversos que são, precisam ser vistos caso a caso, pondera a cientista política. O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, é dado como nome certo do grupo político da família do presidente do Senado, José Sarney (PMDB), para suceder a governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB). Ele governou o estado entre 1991 e 1994. Naquele período, a primeira-dama Nice foi sua secretária de Ação Social. Caso tenha sucesso eleitoral na disputa pelo governo em 2014, Lobão terá seu mandato no Senado concluído pelo filho Edinho. O ministro também é cogitado como nome favorito da presidenta Dilma Rousseff para suceder José Sarney (PMDB-AP) no comando da Casa ano que vem. O clã Lobão é apenas um dentre muitos que habitam o Parlamento brasileiro. Levantamento feito pelo Congresso em Foco demonstrou que metade dos políticos que exerceram mandato de deputado federal ou senador no ano passado pertence a famílias que ocupam ou ocuparam mandatos eletivos.
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