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8/2/2018 12:28

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O PT já esteve com sua missa de sétimo dia encomendada. Acuado e encurralado, soube sair das cordas e ressurgiu como fênix ao exercitar uma incomum amplitude política. O caminho para este desfecho foi longo e tortuoso. Ao final, com a política no comando, retomou o leme e venceu. O mensalão tinha tudo para se transformar na tragédia grega da esquerda brasileira. Depois de Lula em 2010 com 90% de aprovação, as pessoas talvez esqueçam que apenas 15 votos separaram o triunfo da derrota histórica. O líder metalúrgico representante da epopeia de superação de nosso povo poderia ter voltado para casa cassado pelo Congresso, humilhado e com a pecha de corrupto. Com o escândalo detonado por Roberto Jefferson nas alturas, circularam boatos em Brasília que Lula assumiria seus erros e faria um pronunciamento renunciando. Cardeais do governo batiam cabeça, acusações mútuas nos bastidores viraram rotina. Com a economia patinando em função de um forte ajuste fiscal e a imprensa martelando a imagem de um governo enlameado, um pedido de impeachment era questão de tempo. Hegemonismo e vaidade são pecados sedutores, quase irresistíveis. Quem consegue passar na frente do espelho sem dar uma olhadinha? Mandar em tudo sozinho deve ser super afrodisíaco. "Sexo é para principiantes, bom mesmo é o poder", ensinava o falecido Sérgio Motta. Como ninguém é de ferro, no meio de uma crise monumental o partido dos trabalhadores lançou à presidência da Câmara dois candidatos. O oficial, Greenhalgh, e o "paralelo", Virgílio Guimarães. Resultado? Severino Cavalcanti, do PP, acabou eleito. Folclórico representante do baixo clero, o "micheteiro do restaurante" caiu logo depois.  A crise se agravava e o desfecho estava nas mãos do PT. Lançar um candidato do partido ou apoiar uma coalizão mais ampla com um nome de outra legenda?  A sabedoria, mesmo que tardia, prevaleceu. Estava em jogo o futuro de um povo, não a afirmação de uma ou outra legenda. Aldo Rebelo, articulador hábil com muito trânsito na Casa, então do PCdoB,  um partido com pouco mais de uma dezena de deputados, virou o candidato do governo. Seu opositor foi José Thomaz Nonô, do finado PFL (hoje DEM). O empate no primeiro turno por 182 votos fez Brasília congelar. A vitória de Nonô seria a abertura do processo de impeachment. Naquela conjuntura, dificilmente Lula resistiria. A vitória de Aldo por 258 votos contra 243 de Nonô foi uma virada histórica. Comandada por uma tropa ampla de aliados do governo, deixou muitas lições. O que poderia ter sido o fim virou um recomeço. Lula é a maior liderança brasileira. O PT o maior partido. Quaisquer que sejam os candidatos ou seus partidos é o lulismo que enfrentará um plebiscito nas próximas eleições. O ex-presidente disputará essa eleição mesmo que condenado, preso e impedido. É sua história e trajetória que serão julgados. Se ganhar um candidato apoiado por ele, fruto de uma ampla coalizão, é Lula que será vitorioso. Independentemente de o candidato da coalizão ser ou não do PT, se ganhar, o partido dos trabalhadores será o grande vencedor. Um alvo caçado de forma odiosa que teve a capacidade de driblar o inimigo e triunfar. Enfrentar um inimigo poderoso de peito aberto oferecendo o rosto desprotegido é suicídio. Dar cabeçada na parede pode não ser o caminho mais inteligente. O mais importante é que o lulismo não pode perder. Como ganhar? A história recente é boa conselheira.
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