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Brasília de A a Z: o que diz o E

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24/1/2017 | Atualizado às 15:05

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Ednardo Serenata Para Brazilha. Do álbum Imã, de 1980. "É uma ilha solitária mil sotaques / Uma trilha que descobre uma Babel / Encruzilhada de destinos / Super-homens, super quadras, multi-solidão / Presente em teu futuro, teus meninos, tuas meninas / Tuas asas, navegar sei que é preciso / Alguns trazem de ti flor do cerrado / Eu sempre que ti vejo planto roçados / É que quando me visitas realizo trazer-te sempre viva / Cidade-avião, voo rasante, aeroplana no altiplano do chão / Cidade planeta, um desaguar de viajantes / Espaço, porto, cosmovisão / Quase que descubro a todo instante / Um lugar com semelhança a minha terra / Uma coisa indefinida, uma quimera / E penso ver no rosto / De algum novo habitante / A imagem próxima e distante / De minha primeira namorada". Eduardo e Mônica É certamente a música de Renato Russo da qual o brasiliense mais gosta. Porque é a que mais fala de Brasília, oras. (Eu gosto muito de Índios). Letra linear, melodia suave, vida adolescente, duas pessoas bem diferentes tratando de se entender. A evolução da relação. Quando os gêmeos vieram. Genial. [caption id="attachment_279904" align="alignright" width="430" caption="Aos domingos, carros dão passagem a pedestres e ciclistas no Eixão, uma das principais vias de Brasília"][fotografo]ABr[/fotografo][/caption]  Eixão do lazer Saem os carros, entram os pés. Sai a velocidade, entra a calmaria de uma bela caminhada. A sua cidade a suar. O curioso é que o Eixão é tão perigoso durante a semana que ao caminhar lá nos domingos e feriados ficamos meio que desconfiados. Temos aquela sensação de que a qualquer momento pode surgir um carro em alta velocidade. E não surge. Ainda bem. Embaixadas Brasília só tornou-se uma capital de verdade quando as embaixadas foram obrigadas (sim, obrigadas!) a transferir-se do Rio de Janeiro para o Planalto Central, no início dos anos 1970. Ficava aquele impasse: os diplomatas brasileiros não vinham para Brasília, por que as embaixadas viriam? Aliás, o Ministério das Relações Exteriores foi o último a deixar o Rio. Fácil de entender: ninguém queria abrir mão da boa vida no balneário carioca. Tempos depois, aqui instalados, são muitos os casos de diplomatas estrangeiros que criaram fortes vínculos afetivos com a cidade, retornando, aposentados, para aqui viver. Isso é que é amor por Brasília. Uma história engraçada: certa vez andando de carro com uma criança pela Avenida das Nações, onde estão as embaixadas, ela vê a placa indicando Japão com uma seta e pergunta: "É por ali que a gente vai pro Japão?". Embaixo do bloco Mudam os tempos, mudam as vontades, mas é embaixo do bloco, o prédio residencial da superquadra, que ainda acontecem os ritos de passagem. Infância para puberdade. Daí para a adolescência. O primeiro beijo, o primeiro amasso, o primeiro fora. Adultos, continuamos embaixo do bloco. Lugar para jogar, namorar, estudar, fumar, ou simplesmente passar o tempo sem fazer absolutamente nada. Ah, se esses pilotis falassem... Epopeia Confesso que fico até com um pouco de inveja daqueles que viveram o clima frenético da construção da cidade. Queria estar aqui para sentir o entusiasmo contagiante, a solidariedade humanizadora, respirar poeira. E sempre me pergunto: por que não fizeram ainda um filme, um longa, sobre a grande saga? O material é farto, com filmes originais, fotos, depoimentos e a obra do jornalista e historiador Adirson Vasconcelos à disposição. Tenho todos os livros do Adirson, autografados e muito consultados. Seguimos todos na epopeia que não tem fim: humanizar a maquete. Ernesto Silva Amou esta cidade como poucos e defendeu-a até o fim. Brigava, esperneava, argumentava. Escrevia cartas para os jornais que terminavam assim: quem viver verá. Estamos vivendo e vendo, infelizmente, muito do que ele previu. A degradação do nosso rico patrimônio histórico, principalmente. Chamado, carinhosamente, de "pioneiro do antes", pois pisou aqui pela primeira vez em 1954. Escreveu o livro História de Brasília, fundamental. Morreu em 2010. A jornalista Conceição Freitas diz em suas crônicas que Ernesto Silva era o homem mais importante de Brasília. Ainda vai ser por muito tempo. Esquadrão da Vida Cambalhotas, palhaçadas, caras pintadas, violão, poesia, alegria, alegria. Senhoras e senhores, o Esquadrão da Vida está na rua para quebrar a sisudez da Brasília oficial. Ary Pára-Raios plantava bananeiras na Praça do Buriti. Ou plantava buritis entre bananeiras nos quintais das superquadras? A qualquer momento nos pontos de ônibus, semáforos, praças, escolas, hospitais o teatro mambembe balançando na corda bamba. Ary faleceu em 2003, mas a filha Maíra e a trupe continuam aprontando por aí. Estilingue História dos primórdios da iluminação pública em Brasília, mostrando a força da criatividade. Raul Faustino foi o segundo funcionário da Companhia Energética de Brasília, quando esta ainda se chamava DFL (Departamento de Força e Luz). Bem no começo do regime militar, ligaram para o diretor do DFL. Um coronel na linha: "Está faltando luz na Hípica". O diretor chamou o Raul e os dois foram ao local, os militares nervosos, exigindo uma rápida solução. Logo mataram a charada: a fotocélula que aciona o relé, um tipo de interruptor, estava travada. Problema: não tinha escada para chegar ao transformador. Solução: uma pedra. Raul acertou a pedra no transformador (no lugar certo, é claro...) e com o choque o relé disparou e a iluminação foi restabelecida. Raul ganhou um apelido desde então. Esse mesmo. Acertou. Escola Se os poetas soubessem como é bom visitar escolas, fariam fila na porta. Certa vez, em Sobradinho, uma cidade do Distrito Federal, na sala de aula, a professora disse aos alunos: "Amanhã vem um poeta aqui na escola, falar com a gente". E uma aluna logo interveio. "Não vem não, professora. Já morreram todos." Fui e houve troca e interação. Na aula seguinte a professora perguntou: "Vocês gostaram da poesia dele?" E um aluno disse: "Aquilo não é poesia, professora. Eu entendi tudo". Explosão A região mais interessante do Distrito Federal é a parte norte, da bacia do rio Maranhão, com suas montanhas e muitas cachoeiras. Certa vez passei o domingo andando por lá, com meus filhos, pequenos, sem a mãe. Chegando em casa, à noite, perguntei: "E aí, Klaus! Gostou da aventura? Que aventura?! Não aconteceu nada! Nosso carro nem explodiu!" Outros verbetes de BRASÍLIA-Z - Cidade-palavra, de Nicolas Behr: Brasília de A a Z: o que diz o A Brasília de A a Z: o que diz o B Brasília de A a Z: o que diz o C Brasília de A a Z: o que diz o D
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