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Desenvolvimento
25/11/2025 10:00
A história de um banco se faz com números. Créditos e débitos, empréstimos e juros, fomentos e retornos. Mas não só com eles. Quem olha uma instituição financeira apenas com esses olhos comete o mesmo equívoco de quem olha o corpo, mas não enxerga a alma. Porque um banco é feito com pessoas que ajudam a construir a estória de outras tantas, num círculo virtuoso de crescimento individual e coletivo.
Muito disso foi sentido por nós ao longo desses dias de COP 30 em Belém/PA. Tantos parceiros nos visitaram no Pavilhão de Exposições do Banco da Amazônia na Green Zone. Nos contaram suas histórias, suas vivências, seus acertos e seus equívocos. E mostraram, sem lamentos ou queixumes, como conseguiram corrigir rotas, recomeçar por intermédio do aprendizado, algo tão inerente à espécie humana.
O Banco trouxe para a COP 30 o espírito do povo amazônico. Dialogamos com os produtores rurais para mostrar porque a agropecuária é central para a economia amazônica e global. E como ela pode e deve transmutar-se para modelos de baixa emissão, regenerativos e inclusivos que garantam segurança alimentar, combatam a mudança climática e fortaleçam as comunidades locais.
Demos as mãos aos pequenos produtores locais ao discutir a bioeconomia como um dos pilares estratégicos para a construção de uma Amazônia sustentável, capaz de gerar valor econômico a partir da sociobiodiversidade, ao mesmo tempo em que promove inclusão social, preservação ambiental e inovação, fortalecendo a participação de comunidades tradicionais, indígenas, quilombolas, mulheres e jovens.
Lançamos uma ferramenta inovadora de pagamentos, um cartão verdinho e uma maquininha, para impulsionar as finanças sustentáveis capazes de transformar a Amazônia em um território de baixo carbono e alta inclusão social. Tudo dentro de um cenário de avanços nos padrões globais que viabilizam projetos de impacto socioambiental, ao mesmo tempo em que ampliam a confiança de investidores e promovem maior transparência.
Olhamos para o futuro a partir das nossas dores do presente ao discutir infraestruturas verdes em uma região que enfrenta desafios únicos de conectividade, logística e acesso a serviços básicos. Sabemos, em nosso dia a dia, como é essencial superar esses gargalos, encontrando soluções baseadas na natureza, na restauração florestal e na inovação tecnológica para garantir desenvolvimento com resiliência climática.
Viajamos para além-mar, ainda que virtualmente nas páginas de um livro estudo financiado pelo Banco e produzido pelo Instituto Brasil-África, para mostrar que existem mais do que similaridades culturais entre as duas nações parceiras. Existe uma imensidão de potencialidades de comércio de nossos produtos no setor de alimentos, cosméticos, medicamentos naturais e tantos outros. Se temos tantos pontos em comum com nossos irmãos africanos, por que não transformar essas afinidades em negócios?
A COP 30 serviu para o mundo conhecer, ainda mais de perto, a Região Amazônica. O Planeta nos visitou, provou nossas comidas, viajou pelas nossas florestas e rios, se conectou com nosso povo. Abrimos portas, contamos nossa vida, nossos planos, nossos projetos, nossos negócios, nossos sonhos. Como diz Milton Nascimento: Porque se chamavam homens/ Também se chamavam sonhos/ E sonhos não envelhecem. Saímos todos mais fortes dessa jornada. Sonhando e trabalhando por um mundo mais justo, desenvolvido, inclusivo e ambientalmente sustentável.
O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para [email protected].
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