Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Colunas >
  3. O MDB e a "vontade danada de trair" | Congresso em Foco

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News
LEIA TAMBÉM

Rudolfo Lago

2024: a anti-odisseia de Marçal

Rudolfo Lago

Viramos um país triste...

Rudolfo Lago

Você pode fumar baseado?

Rudolfo Lago

Pequenas legendas, grandes negócios

Rudolfo Lago

Pimenta no Leite é refresco?

Opinião

O MDB e a "vontade danada de trair"

Simone Tebet terá de lutar contra a histórica tendência emedebista da cristianização de seus candidatos

Rudolfo Lago

Rudolfo Lago

20/4/2022 9:22

A-A+
COMPARTILHE ESTA COLUNA

O grande desafio de Simone Tebet é evitar que o MDB siga sua histórica tendência à cristianização. Foto: Agência Senado

O grande desafio de Simone Tebet é evitar que o MDB siga sua histórica tendência à cristianização. Foto: Agência Senado
No fim de semana, a editora do Congresso em Foco Julia Schiaffarino fez um irretocável panorama da situação do MDB com relação à candidatura própria da senadora Simone Tebet (MS). Mostrou que em diversos estados, no Norte e no Nordeste, já estão sendo montados palanques que contemplam a aliança com o PT. Daí, as dificuldades de Simone e a pressão interna que há para que o partido abandone sua candidatura e apoie Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, já no primeiro turno. É um quadro que pode irritar quem defende outro caminho. Mas o quadro está aí. Na entrevista que concedeu a Julia, a própria Simone Tebet demonstrou total tranquilidade com a situação. Ela tenta construir a unidade. Acredita ter a maioria do partido. Mas sabe que não tem a unidade. Até porque unidade nunca foi uma palavra muito relacionada com o MDB, desde as suas origens. Até mesmo antes dele mesmo existir, nas suas raízes mais profundas. O conteúdo deste texto foi publicado antes no Congresso em Foco Insider, serviço exclusivo de informações sobre política e economia do Congresso em Foco. Para assinar, entre em contato com [email protected]. Na árvore genealógica da política brasileira, o MDB é filho dileto do antigo PSD. Não o atual, de Gilberto Kassab, mas aquele que foi o maior partido brasileiro no período democrático pré-golpe militar, de 1945 a 1964, o riquíssimo período que definiu a lógica político-partidária brasileira. O PSD também era uma constelação de caciques regionais. Também era um partido de centro, definidor da governabilidade. Como conta Lúcia Hippolito no seu "PSD: De Raposas e Reformistas", o partido foi o grande fiel da balança; quando esteve fora da aliança de poder com Jânio Quadros, o caldo desandou e veio dar no golpe e na ditadura. Então, não foi por acaso que tenha nascido no antigo PSD o verbo que entrou na cultura política brasileira: "cristianizar". Em 1950, o PSD lançou Cristiano Machado à Presidência da República. Enquanto isso, Getúlio Vargas era o candidato do PTB. A grande maioria do PSD acabou abandonando Cristiano Machado pelo caminho e ajudou a "botar o retrato do velho de novo" nos gabinetes da República brasileira. Cristiano Machado foi de tal forma abandonado que o gesto virou verbo na política. Na redemocratização, o MDB tornou-se muito parecido com o velho PSD. Constelação de caciques, fiel da balança de centro a dar governabilidade a diversos governos de outros partidos. E, assim, cristianizando muitos dos seus. Incluindo aí seu grande líder, Ulysses Guimarães, em 1989. Integrante do velho PSD e do novo MDB, Tancredo Neves tinha uma frase a respeito de votos secretos. Segundo ele, "dá uma vontade danada de trair"... Nas peculiaridades da atual eleição presidencial, esse é o grande desafio de Simone Tebet. Convencer seus colegas de partido que ainda é possível furar a bolha da polarização entre Lula e o presidente Jair Bolsonaro. Nas suas argumentações, é isso o que ela trabalha. Em tese, ela insiste que há ainda um grupo grande de indecisos e de pessoas que não estariam dispostas a votar nem em Lula nem em Bolsonaro. O problema seria que essas pessoas ou estariam dispersas entre as várias candidaturas postas ou não teriam se animado ainda com nenhuma delas. É nessa linha que Simone vai precisar atuar. Começando dentro do seu próprio partido.
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

Lula PSD Jair Bolsonaro simone tebet MDB eleições 2022 Cristiano Machado cristianização

Temas

País Colunistas Coluna Eleições
COLUNAS MAIS LIDAS
1

Fascismo 4.0

Democracia indiferente e fascismo pós-algoritmos

2

Comunicação e justiça

Liberdade de acesso à informação ou palanque midiático?

3

Política internacional

Trump: a revolução que enfrentou os limites da realidade

4

Política ambiental

Política ambiental: desmonte, reconstrução e o papel do Congresso

5

Intolerância

Quando se ataca um povo, fere-se toda a humanidade

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES