Depois de meses de indefinição no quadro político brasiliense, o ex-governador e principal cabo eleitoral do DF Joaquim Roriz anunciou na madrugada desta quinta-feira quem vai apoiar para o Palácio do Buriti: o ex-senador Maurício Corrêa, também ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e ex-ministro da Justiça durante o governo Itamar Franco.
A atual governadora Maria de Lourdes Abadia (PSDB), que esperava ser indicada para disputar o GDF por Roriz, deve ocupar a vice-governadoria. Mas, para essa hipótese se confirmar, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) terá que aprovar a mudança de uma resolução que veta a possibilidade do governador concorrer a outro cargo.
Na saída da reunião, à 1h50 de hoje, Roriz, que será candidato ao Senado, anunciou que, apesar de um debate tenso, a base aliada conseguiu chegar a um acordo. A provável chapa PMDB-PSDB deve disputar a corrida ao Palácio do Buriti contra a chapa puro-sangue do PFL, composta pelo deputado José Roberto Arruda, para governador, e Paulo Octávio, para vice. Por fora, está sendo costurada uma chapa de esquerda composta por PT e PCdoB, sem nomes escolhidos.
Pela primeira vez, Roriz mostrou publicamente sua insatisfação com o PFL local por ter lançado, antes do seu aval, a chapa Arruda-Paulo Octávio. "Não (tem acordo)", afirmou, quando questionado se ainda há acordo político entre as duas coligações que deram sustentação ao seu governo.
Nas pesquisas de intenção de voto, a chapa do PFL está melhor colocada do que a do PMDB-PSDB. Abadia também vinha apresentando maiores intenções de voto do que Corrêa.