Um movimento para forçar a votação da reforma política depois das eleições foi iniciado hoje pelo líder do PSB na Câmara, deputado Alexandre Cardoso (RJ). Para ele, os escândalos do mensalão e dos sanguessugas favorecem a discussão da matéria. Além disso, os principais partidos contra a reforma (PP, PL e PTB) foram abalados pelas denúncias e não teriam mais força para barrar a votação.
A idéia é votar alguns itens como a lista fechada e o financiamento público das campanhas. "A lista acaba com a mudança de partido, cria a fidelidade partidária. Já o financiamento público evita o caixa 2", afirmou o deputado.
De acordo com Cardoso, a votação da reforma irá indicar para a próxima legislatura do Congresso, que será eleita em outubro, a não tolerância de esquemas como os últimos flagrados. "Estamos vivendo um momento terrível, de esquizofrenia política. Já tem quem pense que daqui a pouco vamos ter a bancada do narcotráfrico no Congresso", disse o deputado.