O presidente do Conselho de Ética da Câmara, Ricardo Izar (PTB-SP), reagiu nesta terça-feira, com firmeza, ao resultado da enquête realizada pelo Globo Online que mostrou que a imensa maioria dos internautas desconfiam da falta de coerência das recentes decisões do colegiado.
"Se tivesse dois pesos e duas medidas seria pela absolvição do deputado Roberto Brant e pela cassação do João Magno. Você vê que o voto de minerva foi meu, mesmo ele sendo meu amigo há 20 anos. Não houve não, não houve dois pesos e duas medidas", criticou Izar.
Para Izar, os dois casos "são bem diferentes", ao ressaltar que "João Magno pegou dinheiro diversas vezes para usar na campanha, o Brant não", destacou. Ele acredita haver uma certa incompreensão da opinião pública com o trabalho do Conselho e um desejo de punição por parte da sociedade, que acaba não entendendo certas decisões do Conselho, como a absolvição do ex-líder do PP Pedro Henry (MT).
Mas Izar não tem dúvida de que o colegiado agiu corretamente ao poupar Pedro Henry por falta de provas consistentes para a cassação. "Eu acho que há uma incompreensão. Na maioria das vezes, o público em geral quer que casse e nós estamos analisando o processo. É difícil agradar a todos. É quase que impossível", disse.