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DEZ ANOS DE PRISÃO
Congresso em Foco
19/5/2025 | Atualizado às 9:10
A deputada Carla Zambelli (PL-SP), condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a dez anos de prisão em regime fechado por crimes cibernéticos contra o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), já debochou do presidente Lula quando o petista estava preso. Na semana passada, após a condenação, Zambelli disse que "não sobreviveria na prisão".
Um vídeo resgatado nas redes sociais mostra Zambelli debochando da prisão de Lula, ocorrida em abril de 2018. "Eu venho aqui pedir para a Polícia Federal, para o Ministério Público, para o Judiciário: ajudem o Lula, está chegando o Natal, deixa o Lula passar o Natal com a família dele, os filhos bota eles na cadeia junto", diz a deputada, rindo, em tom claramente irônico.
No último dia 14, Zambelli foi condenada por unanimidade pela 1ª Turma do STF pelos crimes de invasão qualificada de dispositivo informático e falsidade ideológica, em ação que envolveu o hacker Walter Delgatti Neto. De acordo com a investigação, a parlamentar articulou, financiou e orientou Delgatti para a prática de uma série de crimes digitais, incluindo a invasão dos sistemas do CNJ e a falsificação de um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes.
Além da pena de prisão, a deputada foi condenada ao pagamento de 200 dias-multa, cada um equivalente a dez salários mínimos. O Supremo também determinou que, com o trânsito em julgado da sentença, Zambelli deve perder o mandato parlamentar e ficará inelegível com base na Lei da Ficha Limpa.
Prisão domiciliar
Ao comentar a decisão em coletiva de imprensa na última quinta-feira (15), Zambelli alegou que sofre de depressão, síndrome da taquicardia postural ortostática (que provoca tontura e aceleração cardíaca) e síndrome de Ehlers-Danlos, que compromete articulações e provoca dores crônicas.
"Se acontecer de ter a prisão, vou me apresentar para a prisão. Mas não me vejo capaz de ser cuidada da maneira como devo ser cuidada. Os médicos são unânimes em dizer que não sobreviveria na cadeia", declarou a deputada, que também se diz vítima de perseguição política. A defesa da deputada vai contestar a decisão do Supremo, mas já trabalha com a possibilidade de pedir que ela cumpra a prisão em regime domiciliar.
A deputada ainda é ré em outro processo no Supremo, por ter corrido, com arma em punho, contra um jornalista em São Paulo na véspera do segundo turno das eleições de 2022.
Lula passou um ano, sete meses e um dia (580 dias, ao todo), preso em Curitiba, após ser condenado em segunda instância por corrupção em processo da Lava Jato. A condenação foi anulada posteriormente após a descoberta de irregularidades nas investigações conduzidas pelo então procurador da República Deltan Dallagnol e pelo ex-juiz e atual senador Sergio Moro.
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