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SENADO
Congresso em Foco
6/8/2025 | Atualizado às 9:49
A ofensiva de senadores bolsonaristas em protesto à prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) já provoca efeitos práticos no Senado. A Comissão de Infraestrutura (CI), presidida por Marcos Rogério (PL-RO), suspendeu a tramitação de indicações a oito agências reguladoras, travando a análise de pelo menos 17 nomes enviados pelo governo ao Congresso desde dezembro do ano passado.
A decisão, confirmada nesta terça-feira (5), contraria o cronograma acordado em julho pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que previa sabatinas e votações concentradas entre os dias 11 e 15 de agosto. Ao todo, são 39 indicações para órgãos como o Superior Tribunal de Justiça (SJT), o Superior Tribunal Militar (STM) e agências reguladoras (veja a lista).
Obstrução como protesto político
Marcos Rogério, um dos principais aliados de Bolsonaro, afirmou a indicados que buscavam informações que o atual momento é "sensível" e que sabatinas poderiam resultar em rejeições motivadas politicamente.
O gesto é visto como uma resposta direta à decisão judicial que colocou Bolsonaro em prisão domiciliar, sob a justificativa de obstrução de investigações sobre uma possível tentativa de golpe. A oposição tomou as mesas dos plenários da Câmara e do Senado, nessa terça, e ameaça impedir votações enquanto a prisão de Bolsonaro não for revogada. Eles alegam que o ex-presidente, acusado de tramar um golpe e de obstruir a Justiça, é alvo de perseguição política.
Trava atinge órgãos essenciais
Estão entre as agências afetadas pela paralisia:
Muitas dessas instituições operam com diretores substitutos ou com colegiados incompletos, o que compromete decisões regulatórias estratégicas para setores como energia, transporte, telecomunicações e petróleo.
Governo e Senado tentam manter cronograma
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, já comunicou o impasse ao líder do governo na Casa, senador Jaques Wagner (PT-BA). A expectativa era de que os indicados fossem votados em bloco, após sabatinas simultâneas nas comissões. Sem a leitura dos pareceres, entretanto, os nomes não podem sequer ser votados em comissão, muito menos levados ao plenário.
A paralisia é mais um episódio da disputa entre a cúpula do Senado e o governo federal, especialmente em torno de nomes ligados ao ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD-MG), adversário político de Alcolumbre.
Agências em colapso de governança
Desde o fim de 2024, o governo tenta avançar com as indicações. Mas, sem consenso, as sabatinas foram sendo adiadas. O problema se agrava com a situação crítica em algumas agências, como a Anvisa, que está com três das cinco diretorias vagas.
O Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação (Sinagências) chegou a denunciar à Procuradoria-Geral da República (PGR) o acúmulo de funções na diretoria colegiada da Anvisa, alegando que a prática fere a Lei nº 9.986/2000, que rege a gestão dessas autarquias.
Veja as indicações que passam pela Comissão de Infraestrutura e, por isso, correm o risco de não serem votadas com as demais:
Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel)
Agência Nacional de Aviação Civil (Anac)
Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq)
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)
Agência Nacional de Mineração (ANM)
Agência Nacional do Petróleo (ANP)
Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT)
Autoridade Nacional de Segurança Nuclear (ANSN)
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