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Império
Congresso em Foco
3/9/2025 | Atualizado às 16:35
Antes que alguém confunda: o Alexandre do título não é o "grande" do Supremo, que já tem seu próprio império em Brasília. É o da Macedônia mesmo, aquele que espalhou Alexandrias como se fossem filiais de fast-food.
Em 323 a.C., quando Alexandre, o Grande, morreu, o mundo tremeu. Era o homem que havia conquistado da Grécia até a Índia, que se proclamava filho de Zeus e que, de tão seguro de si, fundava cidades batizando-as com o próprio nome. Alexandria aqui, Alexandria ali - quase um "McDonalds" do mundo antigo.
Mas Alexandre morreu cedo, sem herdeiro preparado. O resultado foi um show de horrores: generais poderosos, experientes e ambiciosos começaram a disputar quem ficava com o pedaço maior do bolo. O império se esfarelou em reinos independentes, cada qual mais vaidoso que o outro.
Sem sucessor definido, os generais - os famosos diádocos - se engalfinharam pelo espólio.
Quem eram esses generais?
Cada um puxava a sardinha para o seu lado, e o sonho imperial de Alexandre virou uma salada de reinos helenísticos.
Avancemos dois milênios. Imaginem Bolsonaro preso. O bolsonarismo é um império? Difícil chamar assim. Talvez uma comunidade caótica de WhatsApp. Ainda assim, a comparação serve porque as histórias, mal comparando, podem se repetir.
De modo que, sem o "Mito" em cena, quem herdaria o trono? Eis os "diádocos tropicais":
Quem herdaria o trono?
E fora da família, há governadores de olho no espólio:
O paralelo é irresistível: os generais de Alexandre fundaram dinastias que moldaram a história por séculos; os generais de Bolsonaro, convenhamos, vivem se bicando e mal conseguem concordar sobre quem manda no grupo de WhatsApp.
Enquanto Alexandre deixava cidades chamadas Alexandria, Bolsonaro deixaria apenas grupos de Telegram com nomes como "Quartel Digital Oficial 2.0".
Os diádocos helenísticos fundaram bibliotecas; os diádocos do bolsonarismo fundam canais de YouTube.
Alexandre tinha, de fato, um império. Bolsonaro, embora conte com milhões de votos - nada desprezíveis -, dispõe de pouco patrimônio ideológico a repartir. E assim como o império macedônio não sobreviveu sem seu líder, o "império" bolsonarista também pode se dissolver.
No caso de Alexandre, a ausência de um sucessor precipitou o esfarelamento das conquistas. Não caberia a Bolsonaro, então, ungir um herdeiro político antes que seja tarde?
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