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ATO PRÓ-ANISTIA
Congresso em Foco
7/9/2025 15:21
O Dia da Independência, neste domingo (7), foi marcado por duras críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) por parte da família Bolsonaro. Em diferentes atos organizados em Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) fizeram discursos inflamados contra os ministros da Corte, em especial contra o relator do processo do 8 de janeiro, Alexandre de Moraes.
Os ataques ocorreram às vésperas da semana decisiva em que o Supremo deve concluir o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, acusado de tentativa de golpe e abolição do Estado Democrático de Direito. A mobilização também serviu para reforçar a pressão pela aprovação de um projeto de anistia ampla no Congresso.
Michelle acusa ministros de "tirania" e perseguição
Em áudio transmitido em atos em Brasília e no Rio, Michelle Bolsonaro chamou ministros do STF de "perversos, tiranos e injustos". "Movidos por vingança, autoridades perversas prenderam inocentes. Crianças foram levadas para um campo de detenção montado na Polícia Federal. Idosas foram presas por causa do 8 de janeiro, estão sendo espancadas na cadeia", afirmou.
A ex-primeira-dama, que participa presencialmente de manifestação na avenida Paulista, disse que o país vive uma "ditadura com perseguição política":
"Ministros, vocês prometeram cumprir as leis e defender a nossa Constituição. Ela está sendo rasgada diariamente. Injustiças são cometidas por alguns poucos do vosso meio que se dizem juízes, mas agem como tiranos."
Michelle também reclamou da situação do marido, em prisão domiciliar e com tornozeleira eletrônica. "Hoje ele está humilhado e preso porque enfrentou o sistema por amor ao povo. Até quando vamos ter que suportar esses abusos?" Para ela, o julgamento em curso no STF não passa de uma encenação: "Agora mesmo está em andamento o julgamento que o mundo inteiro observa. Ele é uma grande peça teatral com o enredo de perseguição e ilegalidades".
Flávio fala em "cabeça de Moraes" e cobra anistia
No Rio de Janeiro, em manifestação na praia de Copacabana, o senador Flávio Bolsonaro afirmou que o Supremo em breve vai "entregar a cabeça de Alexandre de Moraes em uma bandeja" porque, segundo ele, o ministro "foi longe demais".
"Eu fico impressionado como ele tem traços de psicopatia. Porque uma pessoa que não liga para a própria família, como Alexandre de Moraes parece não ligar, não pode ser uma pessoa normal."
O filho mais velho de Jair Bolsonaro disse acreditar que os demais ministros do STF "são pessoas normais" e que, em algum momento, vão "largar a mão" de Moraes.
Flávio também defendeu uma anistia ampla e irrestrita para todos os envolvidos em investigações desde 2019, incluindo o pai: "Nós não vamos admitir uma anistia que não atenda também o presidente Bolsonaro. Anistia não é sobre pessoas, é sobre fatos".
Para ele, o julgamento representa uma "segunda facada" contra o ex-presidente: "Ontem [sábado, 6] fez sete anos que meu pai levou aquela facada. O que Alexandre de Moraes está fazendo hoje com meu pai é uma segunda facada. Esse linchamento que vai acontecer essa semana vai trazer cada um de nós para a rua de novo para defender a democracia e o maior presidente que esse país já viu. Bolsonaro vai voltar a ser presidente da República em 2026."
Clima nas ruas
Em Brasília, manifestantes se concentraram pela manhã com faixas contra o governo Lula e contra o STF, pedindo "anistia já". Cartazes falavam em "ditadura da toga". O deputado Zé Trovão (PL-SC) disse em discurso que "os dias de Alexandre de Moraes e Lula estão se acabando". A deputada Bia Kicis (PL-DF) classificou o desfile oficial de 7 de Setembro como "desfile de comunistas".
No Rio, além de Flávio, participaram o governador Cláudio Castro (PL) e parlamentares bolsonaristas como Alexandre Ramagem (PL-RJ), Eduardo Pazuello (PL-RJ), Hélio Lopes (PL-RJ) e Clarissa Garotinho (PL-RJ). O ato foi convocado em parceria com o pastor Silas Malafaia e reuniu milhares de apoiadores vestidos de verde e amarelo.
Semana decisiva no STF
A Primeira Turma do Supremo deve retomar nesta terça-feira (9) a análise do processo contra Bolsonaro e outros sete réus. O relator Alexandre de Moraes já apresentou seu relatório, e a expectativa é de que os votos dos ministros sejam concluídos até sexta-feira (12).
Enquanto isso, os discursos de Flávio e Michelle mostram que a família Bolsonaro aposta em mobilizar a base com ataques duros ao STF e com a promessa de uma anistia ampla no Congresso. O objetivo é manter a narrativa de que o ex-presidente é alvo de perseguição política e preparar terreno para a disputa de 2026.
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