Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Judiciário
Congresso em Foco
10/9/2025 12:33
Em julgamento na 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira (10), o ministro Luiz Fux votou pela improcedência da acusação de organização criminosa, enfrentada pelos oito réus do Núcleo 1 da ação penal do golpe de Estado. Segundo ele, os fatos descritos na denúncia da Procuradoria-Geral da Repúbica (PGR) não estão em conformidade com o crime de organização criminosa previsto no Código Penal.
Ao reforçar que doutrina e jurisprudência andam em uníssono, Fux explicou que o caso se enquadra no concurso de pessoas, porque há apenas uma união momentânea de indivíduos para cometer um delito específico. A organização criminosa, disse o ministro, pressupõe estrutura estável, divisão de tarefas e prática de crimes indeterminados.
"A consumação do delito e a organização criminosa está condicionada à existência de estabilidade e durabilidade [...] Ainda que os agentes discutam durante vários meses, doutrina, se deve ou não praticar determinado delito, o caso recai no âmbito da reprovação moral e social, mas não possibilita a atuação do direito penal. Se os agentes finalmente decidirem praticar atos e aqueles delitos planejados e iniciarem sua execução, responderão de acordo com sua respectiva autoria e participação", afirmou Fux.
Emprego de armas
Quanto ao agravante pelo uso de armas, o ministro sustentou que não há elementos para mantê-lo, embora reconheça a gravidade da atuação dos réus no episódio da tentativa de golpe. Segundo Fux, a exigência de comprovação do emprego de arma durante as atividades do grupo é diferente do porte, o que não condiz com o inquérito: "É preciso que a denúncia narre e comprove efetivo emprego de arma de fogo por algum membro do grupo durante as atividades da organização criminosa".
LEIA MAIS
Julgamento do golpe
Aliados de Bolsonaro comemoram falas de Fux durante julgamento no STF
Tentativa de golpe
Primeiro revés de Bolsonaro no STF: maioria valida delação de Cid
Julgamento do Golpe
"Pode dormir em paz": Dino rebate pedido de Fux para não o interromper
MAPA DOS CONDENADOS
Exclusivo: mais de 70 ex-presidentes já foram condenados; veja a lista