O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou nesta terça-feira (16) estar "nem aí" para a possibilidade de não conseguir entrar nos Estados Unidos após ter o visto negado.
Padilha disse ter sido convidado para participar de uma reunião de ministros da Saúde durante a Assembleia Geral da ONU, em Nova York, e também de um encontro da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), em Washington. No entanto, afirmou ainda não ter decidido se viajará, já que seu foco está na votação da Medida Provisória (MP) que cria o programa Agora Tem Especialistas.
"Esse negócio do visto eu tô igual àquela música: 'Tô nem aí, sabe? Vocês estão mais preocupados com o visto do que eu. Eu acho que só fica preocupado quem quer ir para os Estados Unidos. Eu não quero ir para os Estados Unidos", ironizou o ministro em entrevista após o lançamento do cronograma para integrar o Cadastro SUS ao CPF.
Ele também aproveitou para criticar indiretamente o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos EUA desde março. "Só fica preocupado com isso quem quer sair do Brasil ou ir para lá fazer lobby de traição da pátria, como alguns estão fazendo. Não é meu interesse. Meu foco está na votação do Congresso Nacional", disse.
Visto negado
Em agosto, Padilha, sua esposa e filha tiveram os vistos de entrada nos EUA revogados. O ministro estava com o documento vencido desde 2024.
Na mesma semana, outros brasileiros ligados à criação do programa Mais Médicos também tiveram vistos revogados. Em comunicado, a embaixada dos EUA reafirmou críticas à iniciativa, classificando-a como um "golpe diplomático" que teria explorado médicos cubanos. Padilha ocupava o cargo de ministro da Saúde no governo Dilma Rousseff quando o programa foi implementado.