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Professor da USP destaca importância de ouvir cientistas sobre TEA

Guilherme Polanczyk destacou que, sem a escuta, programas e intervenções de alto custo "se tornam absolutamente ineficazes".

19/9/2025
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Em entrevista ao Congresso em Foco, o psiquiatra de crianças e adolescentes Guilherme Polanczyk destacou a necessidade de que os tratamentos para Transtorno do Espectro Autista (TEA) tenham embasamento científico: "É muito importante que a tomada de decisões seja amparada em evidências científicas, em dados. Muitos programas e intervenções que exigem investimento grande se tornam absolutamente ineficazes porque, de fato, não têm um efeito naquilo que se tem o objetivo [resolver]".

Polanczyk foi um dos convidados que integrou o debate sobre terapias baseadas em evidências e o acolhimento familiar do paciente, realizado pelo veículo de comunicação na quinta-feira (18). o psiquiatra é Chefe do Serviço de Psiquiatria da Infância e Adolescência do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, vinculado à Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).

Historicamente, a ciência fica afastada do Legislativo e do Judiciário, da tomada de decisões do poder público, mas o que nós vemos cada vez mais é que há uma proximidade e nós podemos contribuir com esses dados, mas, claro, dentro de um contexto mais amplo.

Durante a palestra, o psiquiatra afirmou que o autismo é clinicamente heterogêneo e dois indivíduos, apesar do mesmo diagnóstico, podem ter perfis muito distintos, por vezes mais diferentes do que similares. "Não existe um tratamento que vá responder às necessidades de todas as pessoas com autismo. Aquela prescrição de receber o diagnóstico, ter que fazer 40 horas de ABA [Análise do Comportamento Aplicada], isso não faz nenhum sentido", disse Polanczyk.

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