Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
ENTREVISTA EXCLUSIVA
Congresso em Foco
17/10/2025 9:38
O presidente do Republicanos, deputado Marcos Pereira (SP), afirmou em entrevista exclusiva ao Congresso em Foco que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), tende a ser candidato à reeleição em 2026. Segundo ele, Tarcísio faz "um bom governo", tem índices altos de aprovação e ainda "muita entrega" a fazer nos próximos anos.
"O mais natural é que o Tarcísio seja candidato à reeleição. Ele faz um bom governo, todas as pesquisas de aprovação são positivas. Há obras estruturantes que só ocorrerão nos próximos quatro anos", disse Pereira. "Desde a redemocratização, os governadores de São Paulo que renunciaram para disputar a Presidência não foram bem-sucedidos", lembrou.
Veja trecho da entrevista:
Lula forte e eleição polarizada
O dirigente partidário também avaliou que o presidente Lula entra "fortíssimo" na disputa de 2026, com melhora de imagem e de avaliação do governo. Para Marcos Pereira, o cenário será novamente de polarização, embora ainda não haja definição de quem será o nome da direita ou centro-direita. "O presidente Lula é um candidato fortíssimo. A eleição será polarizada, e o resultado tende a ser apertado, como nas últimas três: Dilma e Aécio, Bolsonaro e Haddad, Lula e Bolsonaro", afirmou.
Pesquisa Genial/Quaest divulgada no último dia 9 mostra Tarcisio como um dos candidatos oposicionistas mais bem colocados na disputa com Lula, que venceria todos os cenários. A distância entre eles, no entanto, cresceu de 8 para 12 pontos no último mês. Segundo a Quaest, o petista derrotaria o governador paulista por 45% a 33%, em eventual segundo turno.
O presidente do Republicanos considera que a corrida presidencial "ainda está longe" e que o partido deve concentrar esforços em ampliar sua bancada no Congresso. "Historicamente, damos prioridade à eleição do Congresso. Em 2011 tínhamos oito deputados; em 2022, elegemos 40. Em 2026 queremos chegar a 50 ou 55. Esse é o foco número um", disse. Para ele, uma candidatura à Presidência é "circunstancial".
Marcos Pereira frisou que o Republicanos ainda não discute candidatura própria ao Planalto e que o nome de Tarcísio só deve entrar na pauta após a definição de seu futuro político em São Paulo. "O candidato a presidente da República é uma circunstância que não dá pra avaliar agora", disse. "O mais importante é o partido continuar crescendo, eleger governadores e ampliar a força no Congresso."
Apoio a Lula é "antagônico" ao perfil do partido
Apesar de reconhecer a força política do presidente, Marcos Pereira praticamente descartou a hipótese de o Republicanos apoiar a reeleição de Lula. "Apoiar a reeleição de Lula seria antagônico. Nosso eleitorado é majoritariamente de centro-direita, com valores de costumes e uma pauta econômica mais liberal. Isso, querendo ou não, é incompatível", afirmou. "Em política não tem impossível, mas tem graus de dificuldades e é muito mais difícil [apoiar a reeleição de Lula]", acrescentou.
Marcos Pereira destacou que o partido continuará posicionado no campo da centro-direita, mas "sem radicalismos". "O bolsonarismo representou uma pauta de centro-direita, mas nós não seguimos a linha extrema. Temos valores conservadores e liberais, mas buscamos equilíbrio e responsabilidade política."
Vice-presidente da Câmara entre 2023 e 2024, Marcos Pereira é o atual procurador parlamentar da Casa. Aos 53 anos, o advogado e bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus está em seu segundo mandato de deputado federal e preside o Republicanos desde 2011. Ele foi ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços no governo de Michel Temer, entre 2016 e 2018. No ano passado, ensaiou uma candidatura à Presidência da Câmara, mas desistiu em favor de Hugo Motta, seu correligionário.
Temas
LEIA MAIS
DIA DO PROFESSOR
Parceria entre iFood e MEC concede benefícios para professores
TRANSPORTE PÚBLICO
Jilmar Tatto: "Convenci Lula de que o Brasil precisa da tarifa zero"
LIBERDADE DE IMPRENSA
Jornalistas abandonam o Pentágono em protesto por restrição à imprensa