Diretora da Fin aponta desafios para baratear transferências globais

Durante o XVIII Congresso Internacional de Direito Constitucional do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), a diretora jurídica da Fin - Confederação Nacional das Instituições Financeira, Cristiane Coelho, participou do painel "Moeda, Infraestrutura e Cooperação Internacional" e discutiu os impactos econômicos e regulatórios das transformações no sistema monetário global.

Cristiane observou que a transição histórica do escambo para o uso da moeda representou uma revolução na organização econômica mundial, conectando mercados e facilitando o comércio internacional. Segundo ela, embora a moeda tenha ampliado as possibilidades de troca, seu uso ainda implica custos relevantes nas transações.

"Estudos mostram que, para você levar 200 dólares do Brasil para a Bolívia ou para o Peru, 10% do valor dessa transação vira custo de operação para transferência", afirmou. A diretora destacou que essa taxa, que varia entre 7,5% e 11%, representa uma barreira significativa ao comércio internacional.

Para Cristiane, a cooperação entre países e a evolução do conceito de moeda são essenciais para reduzir esses custos e promover maior integração econômica global. "Cada vez que a gente barateia o custo das transações, o custo da moeda, portanto, a gente aumenta a possibilidade de comércio, a nossa sintonia com o resto do mundo", disse.

Ela também enfatizou a importância de aprimorar marcos regulatórios e fortalecer a infraestrutura financeira internacional, de modo a permitir uma transição mais eficiente e segura entre sistemas monetários. A meta, afirmou, é alcançar um nível de praticidade nas transferências financeiras semelhante ao das comunicações digitais.

"A ideia é que, em breve, será tão fácil transferir moeda como a gente fez a transição do envio de cartas para mensagens no WhatsApp. Imagine a quantidade de custo eliminado nessa viagem", concluiu.