AfirmaSUS inicia ações para enfrentar desigualdades na saúde

No mês da consciência negra, o Programa Nacional de Apoio à Permanência, Diversidade e Visibilidade de Estudantes na Área da Saúde (AfirmaSUS) deu início às suas atividades, em Salvador, cidade de forte identidade afrodescendente.

A iniciativa tem como objetivo central impulsionar ações integradas que conectem os serviços de saúde aos territórios, priorizando a valorização dos conhecimentos locais e a oferta de cuidados resolutivos e humanizados para as populações em situação de vulnerabilidade social.

O processo seletivo do programa contemplou 124 projetos, com uma reserva de 25% para propostas de Instituições de Ensino Superior (IES) públicas da Amazônia Legal. Essa medida visa demarcar estrategicamente a região, reconhecendo sua diversidade sociocultural e seus desafios específicos.

Felipe Proenço, secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), do Ministério da Saúde, destacou a relevância do programa.

"O AfirmaSUS possibilita que as distintas realidades dos territórios sejam respeitadas e atendidas. A partir daí, promove o enfrentamento das iniquidades e assimetrias com abordagem interseccional no SUS. Além disso, contribui para a educação em saúde de maneira crítica e inclusiva, ao considerar a diversidade em uma perspectiva interseccional e intercultural."

A escolha de Salvador e do mês de novembro para o lançamento do programa sublinha o compromisso do Ministério da Saúde, por meio da SGTES, com as populações que enfrentam obstáculos de acesso, violências institucionais e práticas discriminatórias nos serviços de saúde. Tais fatores contribuem para as assimetrias sociais, refletidas em indicadores como baixa cobertura vacinal, alta mortalidade materno-infantil, maior prevalência de doenças crônicas e acesso restrito à atenção integral à saúde.

O programa

O AfirmaSUS, Programa Nacional de Apoio à Permanência, Diversidade e Visibilidade para Estudantes da Área da Saúde, oferece suporte complementar a alunos pertencentes a grupos historicamente vulnerabilizados. A iniciativa incentiva ações de ensino, pesquisa, extensão e atividades culturais que aproximam universidade, serviços de saúde e comunidade.