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MEMÓRIA
Congresso em Foco
22/11/2025 15:07
A conduta do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho "02" de Jair Bolsonaro, é citada na decisão de Alexandre de Moraes como um dos fatores centrais para a ordem de prisão do ex-presidente neste sábado (22). Um vídeo publicado pelo parlamentar em suas redes sociais levou o ministro a suspeitar de uma tentativa de fuga. Esta é a segunda vez que um post do congressista resulta em complicações judiciais para o seu pai: a primeira foi em agosto, quando foi decretada a prisão domiciliar do antigo chefe de governo.
No caso mais recente, Flávio Bolsonaro convocou seus seguidores nas redes sociais para realizar uma "vigília" próxima ao condomínio onde mora o seu pai, em Jardim Botânico (DF). Os participantes deveriam orar "pela saúde de Bolsonaro e pela liberdade do Brasil". O ato foi convocado após a defesa do ex-presidente apresentar um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que ele pudesse cumprir pena em regime domiciliar.
Em sua decisão, Moraes avaliou que o ato tinha por objetivo a criação de tumulto na área onde deveriam transitar as viaturas da Polícia Federal, remetendo aos acampamentos montados em frente aos quartéis em 2022. Somando o evento à fuga do deputado Alessandro Ramagem (PL-RJ) aos Estados Unidos e a uma ocorrência de violação da tornozeleira eletrônica de madrugada, o ministro ponderou que um plano de fuga pudesse estar em andamento, levando-o a determinar o envio de Bolsonaro à Superintendência da PF.
Episódio anterior
O caso anterior não foi muito diferente. No fim de julho, Jair Bolsonaro foi proibido de publicar em suas redes sociais. A restrição valia também para entrevistas à imprensa ou pronunciamentos nos perfis de terceiros: para todos os fins, estava incomunicável. A decisão foi tomada em meio às investigações contra ele e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por tentativa de coação na ação penal do golpe. Moraes adotou a restrição com o pretexto de, desta forma, evitar a aplicação de ações preventivas mais severas.
Diante das restrições, familiares e aliados de Bolsonaro convocaram manifestações em diversos Estados no início de agosto, em repúdio à decisão do STF. O ex-presidente participou gravou um vídeo aos manifestantes no Rio de Janeiro, afirmando que eles "estariam juntos" e que o ato seria "pela nossa liberdade". Flávio postou o vídeo, mas apagou no mesmo dia. Outros congressistas também replicaram.
No mesmo dia, o vereador Carlos Bolsonaro publicou uma mensagem codificada em seu perfil no X orientando apoiadores a seguiram um novo perfil, supostamente pertencente ao ex-presidente. Moraes considerou a soma de pronunciamentos por meio de terceiros como uma tentativa de desafiar a decisão. "A Justiça é cega, mas não é tola. A Justiça não permitirá que um réu a faça de tola, achando que ficará impune por ter poder político e econômico", declarou.
Diante dos indícios de violação de ordem judicial, Moraes determinou a prisão domiciliar de Bolsonaro, situação que se manteve até este sábado.
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