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TENTATIVA DE GOLPE
Congresso em Foco
11/12/2025 14:57
O presidente Lula afirmou que só decidirá sobre um eventual veto ao projeto de lei que abre caminho para a redução da pena dos condenados por tentativa de golpe quando o texto aprovado pela Câmara chegar ao Palácio do Planalto. Mas deixou claro que não pretende poupar o ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado a 27 anos e 3 meses por tentativa de golpe de Estado. O texto está na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.
Segundo Lula, "Bolsonaro tem que pagar pela tentativa de golpe", e qualquer avaliação sobre a redução de penas para os envolvidos na trama passará por análise rigorosa. "Quando chegar na minha mesa, eu tomo a minha decisão. Eu e Deus sentados. Farei aquilo que eu entender que deva ser feito, porque ele tem que pagar pela tentativa de destruir a democracia desse país."
As declarações foram dadas em entrevista à TV Alterosa, em Minas Gerais, nesta quinta-feira (11). O projeto segue agora para análise do Senado.
A avaliação preliminar no governo é de que, caso o texto seja aprovado nos mesmos termos pelos senadores, Lula deve vetar dispositivos que beneficiem a cúpula do golpe, incluindo Jair Bolsonaro, os ex-ministros Braga Netto, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Anderson Torres, o ex-comandante da Marinha Almir Garnier e o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ). Todos condenados como mentores da tentativa de golpe.
Mesmo assim, setores do governo ponderam que a decisão final dependerá de análise jurídica e política minuciosa, especialmente porque o tema envolve segurança institucional e repercussão internacional.
Ao comentar a pena de Bolsonaro, Lula reforçou que a condenação foi proporcional à gravidade dos atos: "Ele não fez brincadeira. Tinha um plano arquitetado para matar a mim, Alckmin e Alexandre de Moraes; explodir caminhão no aeroporto; sequestrar o poder já que perdeu as eleições".
O presidente criticou a oposição por tentar transformar o tema em disputa política e disse que não interferirá na tramitação legislativa até que o texto chegue ao Executivo.
Lula também destacou o que considera realizações do governo — inflação em baixa, alta real do salário mínimo, ampliação de programas sociais e retomada do crescimento — para sustentar que a base eleitoral tende a se consolidar.
O presidente voltou a responsabilizar diretamente Jair Bolsonaro pelas mais de 700 mil mortes na pandemia. "Este país foi mal governado nos últimos quatro anos. Se tivesse um presidente com responsabilidade, teria evitado dois terços dessas mortes."
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