Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
ECONOMIA
Congresso em Foco
15/12/2025 15:00
A previsão do mercado financeiro indica uma ligeira redução na projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que serve como referência para a inflação oficial do Brasil. A estimativa para o ano corrente foi ajustada de 4,4% para 4,36%.
A informação foi divulgada no boletim Focus desta segunda-feira (15), um levantamento semanal conduzido pelo Banco Central (BC) que agrega as expectativas de diversas instituições financeiras em relação aos principais indicadores econômicos do país.
Para os anos de 2026, 2027 e 2028, as projeções inflacionárias apontam para 4,1%, 3,8% e 3,5%, respectivamente. Observa-se que, pela quinta semana consecutiva, houve uma redução na previsão, situando-a dentro do intervalo da meta de inflação estabelecida pelo BC. Essa meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, resultando em um limite inferior de 1,5% e um superior de 4,5%.
O aumento nos preços das passagens aéreas exerceu influência sobre a inflação de novembro, elevando-a para 0,18%. Em comparação, o IPCA de outubro registrou 0,09%. Com esse resultado, a inflação acumulada nos últimos 12 meses atingiu 4,46%, mantendo-se dentro da meta estabelecida pelo CMN.
Para atingir a meta de inflação, o Banco Central utiliza a taxa básica de juros, a Selic, como seu principal instrumento. Atualmente, a Selic está fixada em 15% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC. A estabilidade da Selic pela quarta vez consecutiva reflete o recuo da inflação e a desaceleração da atividade econômica. Em comunicado, o BC ressaltou que o cenário atual é caracterizado por um alto grau de incerteza, o que exige uma postura cautelosa na condução da política monetária, e que a estratégia adotada é manter a Selic nesse patamar por um período prolongado.
A taxa Selic encontra-se no nível mais elevado desde julho de 2006, quando atingiu 15,25% ao ano. Após alcançar 10,5% ao ano em maio do ano anterior, a taxa iniciou uma trajetória de elevação em setembro de 2024, atingindo 15% ao ano na reunião de junho e permanecendo nesse patamar desde então. As estimativas dos analistas de mercado indicam que a taxa básica deverá recuar para 12,13% ao ano até o final de 2026, com novas reduções previstas para 2027 e 2028, atingindo 10,5% ao ano e 9,5% ao ano, respectivamente.
O aumento da Selic pelo Copom tem como objetivo conter o aquecimento da demanda, o que impacta os preços, uma vez que juros mais elevados encarecem o crédito e incentivam a poupança. No entanto, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Os bancos consideram outros fatores ao definir os juros cobrados dos consumidores, como o risco de inadimplência, o lucro e as despesas administrativas. A redução da taxa Selic tende a tornar o crédito mais acessível, incentivando a produção e o consumo, o que pode reduzir o controle sobre a inflação e estimular a atividade econômica.
Produto Interno Bruto
No que se refere ao Produto Interno Bruto (PIB), que representa a soma dos bens e serviços produzidos no país, a estimativa das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira em 2024 permaneceu em 2,25%.
Para 2026, a projeção para o PIB é de 1,8%. Para 2027 e 2028, o mercado financeiro estima uma expansão do PIB de 1,83% e 2%, respectivamente. No segundo trimestre deste ano, a economia brasileira registrou um crescimento de 0,4%, impulsionado pela expansão dos setores de serviços e indústria.
Dólar
A previsão para a cotação do dólar é de R$ 5,40 para o final deste ano, com uma estimativa de R$ 5,50 para o final de 2026.
Tags
Temas
LEIA MAIS
DOMINGO DE PROTESTOS
PL da Dosimetria: veja as cidades onde há atos contra redução de penas
REFORMA TRIBUTÁRIA
Reforma tributária: relator muda texto do IBS e Câmara acelera votação