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Congresso em Foco
29/11/2007 | Atualizado às 23:48
Paulo Franco
Metalúrgico e militante do PT desde 1981, José Carlos Miranda, 42 anos, filiou-se ao partido em 1985 e passou a comandar o diretório distrital de Perus, na capital paulista. Assim como o presidente Lula, Miranda também estudou no Senai, mas hoje defende idéias bem diferentes do colega petista e aposta na luta de classes como forma de atingir o socialismo.
Para ele, o 3º Congresso do partido, realizado em setembro, abandonou a luta por esse sistema de governo, ao aprovar uma resolução a favor do capitalismo.
“O PT tem que retomar a luta pelo socialismo e a relação com os movimentos sociais, se apropriando das reivindicações dos mesmos. A militância se afastou do partido porque o governo abandonou essa luta, pressionado pela tal da governabilidade e em aliança com políticos como Sérgio Cabral (governador do Rio de Janeiro)”, diz o candidato, que defende veemente a retirada das tropas de ocupação no Haiti e o congelamento das relações do governo brasileiro com o presidente norte-americano, George W. Bush.
Base esquecida
A falta de diálogo com as bases também é motivo de crítica por parte de Miranda: “O governo apresenta projetos como a concessão das florestas e a reforma trabalhista sem consultar os petistas”, afirma indignado. Para ele, o atual governo deveria se espelhar em países como Equador e Venezuela para resistir ao capitalismo e lutar contra a corrupção.
“O Congresso no Equador era corrupto igual ao do Brasil, mas o presidente se apoiou na mobilização popular, com todas as discussões, dissolveu o Congresso e chamou uma constituinte representando o povo”, afirma.
José Carlos Miranda não concorda com o atual modelo de revolução por etapas, no qual é preciso desenvolver o capitalismo para se chegar ao socialismo. Segundo o candidato, “o governo de coalizão de hoje é resultado do pensamento predominante na direção do PT, que sempre defendeu essa política de colaboração de classes“.
Diferentemente dos demais concorrentes, o candidato da chapa “Programa Operário e Socialista” aposta nas doações espontâneas dos militantes para o financiamento das campanhas.
Para ele, a reaproximação com os movimentos sociais e sindicatos só será possível após o rompimento das atuais alianças, para então mudar a correlação de forças e abrir perspectiva de discutir a questão da propriedade como o povo.
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