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Congresso em Foco
13/4/2006 1:27
O procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, denunciou ao Supremo Tribunal Federal 40 envolvidos no esquema do mensalão e acusou o ex-ministro José Dirceu de chefiar uma organização criminosa. Anteontem, Dirceu, que ainda não sabia da denúncia, rebateu: "Não sou réu. A CPI não indicia ninguém. Quero ser investigado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público e julgado pela Justiça. Sei que não devo, sou inocente. Não participei, não compactuei nem me omiti".
O advogado de Dirceu disse não existir provas contra ele. "Do que consta dos autos, no meu entender, não há prova, nenhum indício, nenhuma circunstância que possa ser imputada ao ex-ministro José Dirceu. Prefiro aguardar o aceso à denúncia. Mas confio no Judiciário". O advogado que defende o publicitário Marcos Valério, Marcelo Leonardo, ainda não emitiu um parecer sobre o assunto. "É uma peça muito grande e detalhada. A denúncia tem 136 laudas, envolve 40 pessoas. Evidentemente a gente não pode emitir uma opinião agora. Vamos aguardar ser citados para fazer a defesa escrita no STF".
Já o advogado do publicitário Duda Mendonça, Tales Castelo Branco, preferiu dizer que a denúncia não causou surpresa ao seu cliente. "Já esperava. O Duda já tinha confessado que teve conta no exterior". O deputado licenciado José Janene (PP-PR) declarou que é natural que seu nome esteja entre os denunciados. "Eles não provarão nada. Não existiram irregularidades de minha parte. Não participei de mensalão ou de caixa dois, estou tranqüilo e só preocupado com minha saúde", disse.
O ex-presidente do PT José Genoíno, que também integra a lista, afirmou que os fatos e as provas mostram que ele não teve nenhuma relação com o publicitário Marcos Valério. "A única relação são os dois empréstimos [avalizados por Valério] que estão na prestação de contas do PT; e o PT está sendo cobrado judicialmente." O ex-dirigente declarou que vai provar sua inocência à Justiça. "Reafirmo meus depoimentos no Conselho de Ética e na CPI do Mensalão: não tive participação, não há prova, nenhum fato concreto, de minha participação nas relações financeiras entre o Delúbio e o Marcos Valério".
Outro acusado pelo procurador-geral da República, o chefe do Núcleo de Assuntos Estratégicos e ex-ministro Luiz Gushiken, afirmou: "a Procuradoria apoiou-se na acusação de um depoente, o sr. Pizzolato, que está sendo acionado judicialmente por mim. Estou absolutamente tranqüilo. Vou agora, na Justiça, apresentar as provas da minha conduta idônea e correta".
Em nota à imprensa, o Banco Rural informou que a denúncia demonstra um total desconhecimento da atividade bancária. "O Banco Rural não concorda com a conclusão apontada pelo relatório divulgado pelo Ministério Público. A denúncia apresentada é infundada, inconsistente e demonstra total desconhecimento da atividade bancária".
De acordo com a nota, o banco sempre foi transparente e não se negou a prestar esclarecimentos: "Continuaremos a adotar a mesma atitude de transparência praticada até agora, seja na sua defesa ou na necessidade de prestar esclarecimentos para a sociedade ou qualquer órgão público. O banco confia que o Judiciário irá reconhecer a inocência de seus dirigentes".
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