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Congresso em Foco
16/7/2009 3:50
Lúcio Lambranho, enviado especial à América Central
Manágua (Nicarágua) - Roberto Micheletti, que assumiu a presidência de Honduras depois do golpe de estado no último dia 28 de junho, disse ontem que pode renunciar ao cargo para tentar resolver a crise política no país. Para que sua intenção se confirme, Micheletti firmou uma condição. A de que o presidente deposto Manuel Zelaya não retorne ao país. Na terça-feira (leia mais), Zelaya deu um ultimato ao governo provisório dizendo que voltará ao país em uma semana mesmo sob a ameaça de ser preso ao chegar em Honduras.
"Estou disposto a deixar a Presidência se, em algum momento, esta decisão for necessária para trazer a paz e a tranquilidade ao país. Mas sem qualquer retorno, e ressalto isso, do ex-presidente Zelaya", ponderou Micheletti, numa entrevista à imprensa na capital Tegucigalpa.
Para confirmar a posição do atual governo, o procurador-geral de Honduras, Luis Rubí, reafirmou ontem que se Zelaya voltar "vai se proceder a sua ordem de prisão". A alegação dos golpistas e da sentença dada pela Suprema Corte é que o presidente deposto cometeu crimes contra a Constituição ao tentar promover uma consulta popular que pudesse permitir sua reeleição.
O argumento do governo e apoiadores de Micheletti é que a Constituição hondurenha proíbe expressamente a reeleição e prevê a prisão de qualquer pessoa que tente promover qualquer tipo de plebicito para continuar no poder por mais um mandato.
Micheletti também pediu na mesma entrevista que Zelaya "se tranquilize, pois aqui não estamos matando ninguém". Na tentativa frustrada do presidente deposto de retornar ao país no último dia 5, um jovem manifestante foi morto supostamente pelos militares durante a manifestação próxima ao aeroporto da capital hondurenha.
Novos protestos contra o golpe estão marcados para esta quinta-feira. Sobre a continuidade das manifestações, Micheletti pediu que "a cidadania que não se deixe envolver em atos violentos que estão trazendo gente de outros países e onde os cidadãos se matam entre si".
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