Chinaglia rebate críticas sobre a paralisação da Câmara

O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), rebateu há pouco as críticas referentes à paralisação das votações no plenário da Casa, divulgadas nos últimos dias pela mídia nacional.  Há cerca de quatro semanas os deputados não votam nenhuma proposição em razão da obstrução realizada pela base governista.

O objetivo da medida é evitar que medidas provisórias que constam na pauta da Câmara sejam apreciadas e, em seguida encaminhadas ao Senado, o que poderia “travar” a votação da PEC que prorroga a cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), também conhecida como imposto do cheque, e a Desvinculação de Recursos da União (DRU). Ambas devem ser apreciadas nesta semana pelos senadores.

Com cartazes na mão, deputados da oposição apresentavam frases de revolta contra a paralisação. “DRU, Deputados Reféns Ultraje!”, dizia um deles. “Queremos votar!”, exigia outro.

Em contrapartida, Chinaglia disse que o trabalho dos parlamentares não pode ser mensurado pela quantidade de projetos que são votados em plenário, como alegam matérias de jornais apresentadas por ele. “A Mesa tem pautado as matérias, o que existe é uma obstrução”, alegou. “As comissões estão funcionando”, completou.

Para justificar o empenho dos parlamentares, Chinaglia disse que ao longo do ano foram realizadas 350 sessões,dessas 110  deliberativas e 79 ordinárias.

Já o deputado Chico Alencar (Psol-RJ) avalia que atualmente existe sim um “recesso branco” dentro da Câmara. “Nunca na história desse país houve uma obstrução por tanto tempo. Esse ano foi muito ruim”, afirmou.  (Erich Decat)