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Congresso em Foco
20/12/2007 | Atualizado 22/1/2008 às 18:33
Rodolfo Torres
Um dos maiores desafios do Congresso Nacional para este ano é recuperar a sua credibilidade perante a sociedade. Afinal de contas, o Parlamento teve um 2007 difícil, especialmente para o Senado, que se viu mergulhado em uma das mais profundas crises institucionais de sua história.
Foram seis meses do mais intenso desgaste, com diversas denúncias contra o então presidente Renan Calheiros (PMDB-AL). Em Plenário, os senadores absolveram Renan de duas acusações: usar um lobista para pagar parte de suas despesas pessoais e utilizar “laranjas” para comprar empresas de comunicação em Alagoas. Outras três representações contra o alagoano foram arquivadas ainda no Conselho de Ética.
Em relação à Câmara, o ano também deixou a desejar. O Plenário da Casa encerrou o ano em obstrução. A base do governo permaneceu as últimas quatro semanas sem votar nenhuma matéria, tudo para que a apreciação das propostas de prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e da Desvinculação das Receitas da União (DRU) não fosse prejudicada no Senado.
Esses e tantos outros fatos fazem com que uma pergunta se torne presente: “O que deve ser feito para que os congressistas consigam recuperar o respeito da população brasileira?”.
A seguir, algumas opiniões de parlamentares, gravadas com exclusividade para a TV Congresso em Foco, sobre prováveis saídas para reverter a constante queda de credibilidade do mais alto degrau do Legislativo brasileiro.
Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE)
Crítico implacável do governo, o senador pernambucano ressalta que os “desacertos” são rotina no Congresso. Ele exige a criação de uma “agenda” para os parlamentares. “Já que o governo de Lula não tem uma agenda com relação a mudanças, a reformas, que o Congresso tome essa iniciativa”. (vídeo)
Renato Casagrande (PSB-ES)
O parlamentar capixaba avalia que o desgaste da atividade parlamentar é um fenômeno mundial. Para reverter o cenário, ele propõe que seja definida com clareza uma pauta de “assuntos importantes”. Casagrande também ressalta a importância de os parlamentares conseguirem passar para a sociedade o que está sendo discutido. (veja o vídeo)
Beto Albuquerque (PSB-RS)
Vice-líder do governo na Câmara, ele não aliviou a responsabilidade dos eleitores pela qualidade do Congresso. Para o deputado gaúcho, o Parlamento é a “síntese da sociedade”. Se ela perdeu a confiança no Congresso, avalia, é porque do lado de fora “as coisas estão muito ruins”. “Se há ordinários aqui dentro, muito provavelmente há muitos ordinários lá fora.” (Albuquerque.html','','resizable=yes,location=no,menubar=no,scrollbars=yes,status=no,toolbar=no,fullscreen=no,dependent=no,width=375,height=300'))">vídeo)
Chico Alencar (Psol-RJ)
O parlamentar fluminense afirma que uma das formas de o Congresso brasileiro melhorar sua imagem perante a sociedade é aprovar uma reforma político-eleitoral. Outra saída para a recuperação da imagem da Casa, aponta o deputado, é o "aprimoramento da transparência”. “Esse poder, que é o mais próximo da população, precisa estimular a população a vir nos vigiar.” (vídeo)
Fernando Coruja (PPS-SC)
O líder do PPS afirma que a solução “não é fácil”. O deputado catarinense avalia que a baixa credibilidade dos políticos não é exclusividade do Brasil. “No mundo inteiro há um desencanto com a política”, observa. Para ele, a produtividade e o fim das “mordomias” podem reverter o quadro. (vídeo)
Flávio Dino (PCdoB-MA)
O deputado maranhense também destaca a produtividade como forma de o Congresso melhorar sua imagem. Para ele, a atividade legislativa proporciona discussões de “proposições de excelente qualidade e ótimos debates nas comissões” que não chegam ao plenário. (vídeo)
Gustavo Fruet (PSDB-PR)
O parlamentar paranaense é outro que avalia que apenas com uma agenda que seja "muito mais positiva do que negativa”, o Congresso poderá se reerguer de uma de suas mais profundas crises. Fruet também destaca que o processo de desgaste da política é mundial. (vídeo)
Onyx Lorenzoni (DEM-RS)
De acordo com o líder do DEM na Câmara, é necessário “mudar a forma” de atuação dos congressistas e “abrir espaço para que a sociedade participe mais do trabalho do parlamentar”. “A sociedade vai ver, não o deputado pela telinha; vai ver o parlamentar ali, frente a frente”, complementa. (vídeo)
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