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Rejeição da CPMF expõe fragilidades do governo e do PSDB

Congresso em Foco

13/12/2007 | Atualizado às 2:01

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Eduardo Militão

 

Erros na relação com sua frágil base aliada no Senado e pressão do calendário fizeram o governo sair derrotado na madrugada de hoje (12), durante a votação da renovação da Contribuição Provisória Sobre Movimentação Financeira (CPMF). Apesar disso, o governo não foi o único perdedor. A batalha contra o governo desgastou o PSDB numa luta interna entre caciques no Senado, apoiados pelo ex-presidente Fernando Henrique, e os governadores José Serra (SP) e Aécio Neves (MG).

 

A CPMF era a principal matéria no Congresso deste semestre – talvez mais importante que o orçamento. Agora, o governo vai amargar o fim da contribuição que lhe renderia quase R$ 40 bilhões a cada ano no próximo dia 31 de dezembro.

 

Para o senador Renato Casagrande (PSB-ES), é preciso avaliar sob que fundamentos a base no Senado está firmada. “É uma base um pouco concreta, é uma base frágil. Ela não está sendo construída sobre um piso de pedra, e sim de areia.” Mas a culpa também é da articulação do Planalto, segundo Casagrande. “Faltou audácia do governo em suas propostas. O governo confiou em sua base”, afirmou ele, para quem a oposição tomou as rédeas do processo.

 

O líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), evita dizer quais erros foram cometidos pelo Planalto. “O governo não tem maioria folgada aqui. Não faltou argumento. As circunstâncias de cada senador levam a essa situação”, justificou. Mas o peemedebista deixa escapar que a matéria chegou atrasada ao Senado. “Eu recebi aqui com dois meses, eu tinha uma relatoria da oposição, conseguimos invertê-la.”

 

Jucá valorizou a articulação engendrada por ele. “Eu fiz tudo o que podia, mas eu não voto pelos outros. Se eu tivesse procuração...”, ironizou. Às 18h35, o governo já admitia a derrota por ter apenas 46 votos, apesar de não negar fogo na caça de votos na base e na oposição. Acabou tendo um a menos do que previa. Até uma carta do presidente Lula foi lida para buscar um último recurso.

 

Deputados governistas e até o presidente da Frente Parlamentar da Saúde, deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), circulavam pelo Senado na tentativa de seduzir os colegas da Casa. Um deles já refizera várias contas. Em seu bloco, o petista garantia apenas 43 votos, considerando como perdidos, por exemplo, os aliados Expedito Júnior (PR-RO), César Borges (PR-BA) e a eventual desertora Lúcia Vânia (PSDB-GO).

 

Racha tucano

 

No PSDB, o clima era de racha. Os governadores tucanos de São Paulo, José Serra, e de Minas Gerais, Aécio Neves, eram acionados constantemente pelo ministro das Relações Institucionais, José Múcio. Após ouvirem os apelos do Planalto, eles partiam para o ataque nos contatos com os senadores do PSDB.

 

Apesar de anunciarem que votariam fechados contra a CPMF, muitos tucanos mostravam rebeldia com os rumos ditados pelo grupo mais alinhado ao líder Arthur Virgílio (AM). “Dos 13, nós já temos sete senadores a favor da CPMF”, propagava um dos descontentes com Virgílio. Apesar disso, o constrangimento seria grande se houvesse apoio à renovação.

 

A tribuna deu uma boa mostra da briga de Virgílio – ligado ao ex-presidente Fernando Henrique e com o apoio do ex-candidato à presidência Geraldo Alckmin – com a parte da bancada aliada a Serra e Aécio. O líder tucano vociferou ao microfone. “O governo opta pela prepotência, achando que senador obedece a governador”, reclamou Virgílio, que ameaçou renunciar à liderança do partido.

 

Questionado sobre o problema, o senador admitiu a “trinca” no PSDB. “Depois, resolve, mas estou em paz com minha consciência”, disse Virgílio ao Congresso em Foco, ao lado de Lúcia Vânia, uma das tucanas tendentes a apoiar a CPMF, assim como Eduardo Azeredo (MG), João Tenório (AL) e Cícero Lucena (PB).

 

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