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Congresso em Foco
22/1/2021 | Atualizado 10/10/2021 às 17:30
A exposição do voto nessa situação de importante escolha tem dois grandes ganhos para os parlamentares. Um, para os novos membros, cria-se a coragem cívica, e aprendem a resistir às influências dos sussurros sombrios do Congresso Nacional. Outro, para os membros antigos, o voto aberto irá fazer, certamente, que se livrem de amarras antigas, irá quebrar as correntes que prendem boas pessoas, de más companhias.
Não há problema algum o Executivo ter preferências de candidatos no poder Legislativo, faz parte da política. Todavia, em votação franca e aberta o governo ao tentar impor seus candidatos, necessitaria muito mais que oferecimento de cargos, privilégios e emendas. Seria indispensável apresentar propostas concretas e metas profundas; como por exemplo de disposição para reformas estruturais, com diminuição de gastos públicos e eficiência dos seus atos. A eleição teria outro patamar.
O contrário que vemos hoje, os candidatos que apresentarem melhores propostas para a administração e tiverem condições e histórico moral para fazer ganhará a eleição. Isto porque, os votantes na busca de prestígio e confiança dos eleitores irão escolher pelo voto consciente. Saberão que ao escolher candidatos réus ou com má formação de caráter, a indignação popular não tardará em condená-los no próximo encontro com a urna.
Como último argumento para a publicidade e transparência total nas eleições das mesas do Senado e Câmara dos Deputados é a segurança do resultado real do sufrágio. Não podemos mais negar a grande astúcia dos que pretendem burlar o sistema de votação. No Senado Federal chegamos a absurda situação de surgir 82 cédulas, no universo de 81 senadores. Não há nada mais frustrante do que a dúvida na democracia. Principalmente sobre cédulas jogadas, silenciosa e secretamente, em urnas.
Nenhum candidato eleito para ser representante do povo é digno de estar no cargo se não tem coragem de expor seus votos vencedores ou até vencidos. O que não podemos aceitar são parlamentares com voto vendido. E, enquanto houver voto secreto em qualquer casa de leis deste país não vamos superar essa fase.
Por honra do poder Legislativo brasileiro; por dignidade dos eleitos, respeito pelo povo e decência nas eleições internas, deve o Senado e Câmara dos Deputados determinarem o voto aberto nas eleições das mesas diretivas já neste ano.
*Ronan Wielewski Botelho é advogado e filósofo.
O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para [email protected].

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