Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Ministra que comparou salário de R$ 31 mil a trabalho escravo não ...

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

Ministra que comparou salário de R$ 31 mil a trabalho escravo não representa os negros, diz movimento

Congresso em Foco

4/11/2017 | Atualizado 26/4/2018 às 12:15

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA
[caption id="attachment_314615" align="aligncenter" width="425" caption="Soma de salário de ministra e aposentaria como desembargadora de Luislinda ultrapassa o teto constitucional, que é de R$ 33,7 mil"][fotografo]TCE-BA[/fotografo][/caption]  Um grupo de 15 entidades do movimento negro divulgou nota na qual faz críticas à ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, e diz que ela não representa o povo negro. O texto ataca o pedido da ministra para receber R$ 62 mil mensais de salário, alegando que os vencimentos atuais de R$ 31 mil a aproximam da condição de "trabalho escravo". Luislinda alegou que, com esse salário, é difícil "se vestir, se alimentar, calçar e ir ao salão de beleza". As entidades também criticam o silêncio da ministra em relação à portaria do governo que restringe o conceito de trabalho escravo e às violências sofridas pelos povos de terreiros e comunidades quilombolas. "Além de afrontar a dignidade da população negra, a posição da ministra é um atestado cabal da falta de compromisso com o combate ao racismo e com verdadeira cidadania de negros e negras", afirma o texto encabeçado pela Convergência Negra - Articulação Nacional do Movimento Negro Brasileiro e outros 14 grupos. Para as entidades, a "posição equivocada" de Luislinda é retrato do momento "em que a violência contra as mulheres, negros, grupos LGBT, quilombolas e índios se naturaliza". "A nomeação dessa senhora é reveladora do desapreço que o governo Temer tem pela comunidade negra e o gravíssimo problema do racismo no Brasil", prossegue o texto.
<< Após pedir salário de R$ 61 mil e citar "trabalho escravo" como justificativa, ministra recua Filiada ao PSDB, Luislinda Valois foi uma das primeiras mulheres negras a se tornar juíza no Brasil. "A ministra não representa o povo negro, não representa as mulheres negras e nem aqueles que lutam pelo fim do racismo. Estamos por nossa própria conta! O povo negro não vai se calar frente ao racismo!", afirmam os grupos do movimento negro.
O pedido de Luislinda para acumular o salário como ministro e a aposentadoria de desembargadora do Tribunal de Justiça da Bahia foi apresentado à Casa Civil. Após a repercussão negativa do episódio, revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo na última quinta-feira (2), ela desistiu da reivindicação. Em parecer, a Casa Civil já havia negado a solicitação e encaminhado o caso ao Ministério do Planejamento.
<< Temer silencia sobre polêmicas provocadas pelos ministros Torquato Jardim e Luislinda Valois
Veja abaixo a íntegra da nota de entidades do movimento negro: "Nota de Repúdio às declarações da ministra Luislinda Valois As entidades do movimento negro brasileiro repudiam as declarações da ministra Luislinda Valois, que assim como fez o ministro do STF Gilmar Mendes, ao fazer referência à tragédia da escravidão que submeteu milhares de negros a uma condição perversa e desumana - um crime contra a humanidade, declarado pela ONU - apropriou-se de forma oportuna desse fato histórico trágico para obter benefícios próprios relativos ao seu salário. Não obstante não nos furtamos em observar que esse ano o Juiz Sergio Moro percebeu o salário superior ao teto constitucional durante vários meses e a justificativa para tal descalabro são as generosas cestas de auxílios e adicionais eventuais comumente utilizados no expediente do sistema de justiça para burlar o teto constitucional e assim beneficiar milhares de juízes Brasil afora. O que também representa uma violência para a sociedade brasileira como um todo. Voltando a Ministra Luislinda, entendemos que reivindicar privilégios e participar de um governo que quer acabar com os direitos trabalhistas, com o combate ao trabalho escravo e as políticas de inclusão racial, além de silenciar frente ao racismo religioso e as demais violências sofridas pelos povos de terreiros e comunidades quilombolas em todo o país é um contra-senso. A ministra é voz de um governo de privilégios e privilegiados que quer acabar com os direitos trabalhistas, com o combate ao trabalho escravo e as políticas de inclusão racial. Além de silenciar-se frente ao racismo religioso e às violências sofridas pelos povos de terreiros e comunidades quilombolas em todo o país. Além de afrontar a dignidade da população negra, a posição da ministra é um atestado cabal da falta de compromisso com o combate ao racismo e com verdadeira cidadania de negros e negras. Não resta dúvida que estamos vivendo um momento em que a violência contra as mulheres, negros, grupos LGBT, quilombolas e índios está se naturalizando e a posição equivocada da ministra é um retrato desses ataques. A nomeação dessa senhora é reveladora do desapreço que o governo Temer tem pela comunidade negra e o gravíssimo problema do racismo no Brasil. Também é sintomático o fato de o Presidente Temer olhar para o Brasil e não conseguir enxergar os milhares de homens e mulheres negras com altíssimo nível de comprometimento político com os anseios e demandas da população negra para ocupar qualquer cargo na Esplanada dos Ministérios, ou estaria ele ciente de que a maioria de nós jamais compactuaria com um governo ilegítimo que se instituiu através de opressões, desmandos e violências? A ministra não representa o povo negro, não representa as mulheres negras e nem aqueles que lutam pelo fim do racismo. Estamos por nossa própria conta! O povo negro não vai se calar frente ao racismo! #ForaTemer Assina: Convergência Negra - Articulação Nacional do Movimento Negro Brasileiro. Subscrevem: Associação Brasileira de Pesquisadores Negros - ABPN Agentes de Pastoral Negros - APNs Círculo Palmarino Coletivo de Entidades Negras - CEN Coordenação Nacional de Entidades Negras - CONEN Quilombação Rádio Exu - Comunicação Comunitária de Matriz Africana Movimento Negro Unificado - MNU Rede Amazônica de Tradições de Matriz Africana - REATA UNEGRO - União de Negras e Negros Pela Igualdade Enegrecer - Coletivo Nacional de Juventude Negra Movimento Consciência Negra de Butia - RS Setorial de Combate ao Racismo da CUT Soweto"
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

pictures supersalários trabalho escravo Direitos humanos mulheres Ministério dos Direitos Humanos movimento negro crise brasileira Luislinda Valois

Temas

Reportagem

LEIA MAIS

CIDADANIA

Nova lei prevê incentivo para pessoa com deficiência empreender

Senado

Comissão de Direitos Humanos debate atualização do PNDH-3

INCLUSÃO

Comissão faz balanço de ações do governo para pessoas com deficiência

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

SABONETES E PERFUMES

Lula sanciona lei que dispensa registro de cosméticos artesanais

2

Prêmio Congresso em Foco

Veja quem lidera a primeira parcial do Prêmio Congresso em Foco 2025

3

PREVIDÊNCIA

Lei que dispensa perícia para doentes sem cura entra em vigor

4

CRISE ENTRE PODERES

Constitucionalistas apontam validade da derrubada do IOF por Congresso

5

JUSTIÇA

Mendonça diz que STF tomou espaço do Congresso ao decidir sobre redes

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES