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Congresso em Foco
12/7/2005 1:21
Edson Sardinha |
No rol das acusações, as mais recorrentes são de crime contra a administração pública (emprego irregular de verbas ou malversação de dinheiro público), com 15 ocorrências (leia mais). Os crimes eleitorais aparecem logo em seguida, com 12 registros, seguidos pelos crimes contra o patrimônio (apropriação indébita previdenciária), que aparecem em onze casos. Há, contudo, espaço para acusações isoladas de crimes como seqüestro e preconceito racial. Nessa estatística pouco confortável para os partidos políticos, o destaque nem sempre é proporcional à bancada. Dono do maior número de assentos em Brasília, o PT se encontra na cômoda posição de não ter nenhum de seus 104 parlamentares envolvidos em processos criminais. Situação distinta vive o mais novo aliado do Planalto, o PMDB. A segunda maior bancada do Congresso, com 23 senadores e 78 deputados, é a maior em número de deputados e senadores envolvidos em alguma denúncia: 13. Eles respondem a 22 inquéritos e são campeões em números absolutos, seguidos do PP (17) e do PL (12) (leia mais). Proporcionalmente, porém, ninguém supera os deputados do PP. Um em cada cinco integrantes da bancada do PP é acusado de ter praticado algum ato ilícito (leia mais). Ainda vacilante quanto à participação na base governista, o partido abriga dez parlamentares em vias de acerto com a Justiça. Na seqüência, aparecem o PFL e o PL, com oito e seis casos respectivamente. Atrás dos liberais, aparecem empatados o PTB e o PSDB, com três parlamentares cada. Para o líder do PP na Câmara, deputado Pedro Henry (PP-MT), o número de inquéritos abertos contra parlamentares do partido não é preocupante. "O que importa é o percentual de condenação", disse. Segundo ele, a maioria dos parlamentares que respondem a algum tipo de processo acaba, tradicionalmente, sendo absolvida. "Estaria preocupado se fossem dez filiados do PP condenados. O fato de o inquérito estar em andamento não significa que tenha havido irregularidades", alega. Henry disse que o partido não pode ser considerado da base governista porque está dividido em relação ao governo. "Não somos subservientes ao Planalto", afirmou.
Medalhões O mesmo caminho foi seguido por Barbalho. Depois de renunciar ao mandato, para não correr o risco de ser cassado, o ex-senador trocou o salão azul pelo verde. Ainda responde a dois processos por formação de quadrilha, crime contra a administração pública e desvio de verbas. Ele chegou a ser preso por policiais federais, há dois anos, por causa de seu suposto envolvimento no rombo da extinta Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). O número de processos contra Jader, porém, deve aumentar. Na última terça-feira (9), o procurador-geral da República, Cláudio Fonteles, pediu ao STF que instaure mais uma ação penal contra o deputado, acusado de ter cometido crime de peculato (utilização de cargo público para se apropriar de bens ou dinheiro). O parlamentar foi denunciado devido a indícios de ter se apossado indevidamente de recursos financeiros do Banco do Estado do Pará (Banpará), em 1984, quando era governador do estado. Segundo o parecer de Fonteles, trata-se de um "ardiloso esquema criminoso". Se o Supremo aceitar a denúncia e Jader for condenado, a pena prevista é de dois a 12 anos de reclusão, além de multa. Se aceita a denúncia, o deputado paraense sobe para o quarto lugar no ranking dos processados do Congresso (leia mais). Jáder e ACM não quiserem comentar os casos. |
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