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O mercado financeiro e as agências de análise de risco estão mensurando a capacidade política que o presidente Michel Temer tem para fazer um mínimo saneamento nas contas públicas até o final do ano e ao longo de 2017. As contas iniciais feitas pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que identificam o tamanho do deficit público em R$ 170,5 bilhões neste ano, e outros R$ 139 bilhões para o próximo ano, foi um bom começo. Mas não basta.
O presidente e sua equipe precisam reduzir o potencial de crise, desviar de turbulências nas discussões sobre as propostas de redesenho do Estado brasileiro após o impeachment da gestão petista de Dilma Rousseff. E há no caminho de Temer várias pautas difíceis de serem aprovadas pelo Legislativo e polêmicas junto à sociedade.
A emenda que limita gastos da União com base na inflação do ano anterior medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Ampliado), em discussão na Câmara, não deve ficar com o mesmo texto final proposto por Meirelles. Há muita resistência, inclusive na base de apoio ao governo, em aplicar esses critérios por 20 anos. Quem é contra teme e alerta para o congelamento de investimentos em educação e saúde, por exemplo.
[caption id="attachment_262490" align="alignright" width="380" caption="Temer deve enfrentar “mar revolto” em seu governo, avalia colunista"]