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Como Renan dominou o PMDB na Câmara

Congresso em Foco

13/7/2005 20:00

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Sônia Mossri


Mais do que a notória insatisfação dos parlamentares com o Palácio do Planalto, o que está paralisando as votações na Câmara dos deputados é uma guerra entre o presidente da casa, João Paulo Cunha (PT-SP), e o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL).

No mesmo dia em que João Paulo reuniu-se com líderes da Câmara em um longo almoço, na última terça-feira (19), para tentar destravar a pauta e dar tempo para a votação da emenda que permitiria a sua reeleição e a do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), Renan e sua tropa de troque entraram em ação.

No início da noite, aproveitando o horário de fechamento dos jornais, que obriga os repórteres a se concentrarem nos comitês de imprensa das duas casas para prepararem suas matérias, Renan e um grupo de senadores atravessaram o tapete verde da Câmara e foram direto ao gabinete do líder do PMDB na casa, deputado José Borba (PR).

Renan, ao lado do fiel escudeiro, senador Ney Suassuna (PMDB-PB), e do senador Hélio Costa (PMDB-MG), iniciou um processo de intervenção informal na liderança da Câmara.

Como se fosse líder da bancada do PMDB na Câmara, Renan ocupou a exígua saleta reservada da liderança, chamada ironicamente pelos parlamentares de "confessionário", para receber deputados isoladamente e pedir: atrasem ao máximo as votações para que o João Paulo não consiga votar a reeleição.

Além da presidência do Senado, Renan sonha em ser o vice na chapa de Lula na sucessão presidencial em 2006, o que provoca arrepios no presidente da República e em quase todo o PT.

Oficialmente, o senador diz que ainda é muito cedo para se pensar na eleição de 2006. Também repete que continua candidato a presidente do Senado. Isso quer dizer que ele não quer saber de prêmios de consolação. Não aceita nem ministério ou patrocínio do Planalto para concorrer em 2006 ao governo de Alagoas.

Ao ocupar o gabinete do líder José Borba com sua tropa de choque, Renan agia como se fosse de fato o comandante da bancada do PMDB na Câmara.

Como o grau de insatisfação dos parlamentares é grande (querem liberação de verbas para emendas, estão melindrados com as alianças das eleições municipais e acumulam dívidas de campanha), não foi difícil Renan convencê-los a continuar obstruindo a pauta ou se ausentar do plenário.

Um dos integrantes da tropa de choque de Renan deu o tom da estratégia "Está todo mundo insatisfeito. O PMDB não tem ministros, mas parlamentares com empregos no governo. Não participamos de nada e ainda vêm com esse negócio da reeleição", comentou um deles ao Congresso em Foco.

Renan ainda conta com dois poderosos aliados: os feriados de 2 e 15 de novembro. Com o notório gosto dos deputados por faltar ao serviço, é provável que não haja quórum para votações e o Congresso somente volte a operar normalmente na terceira semana de novembro.


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