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Congresso em Foco
25/1/2017 | Atualizado às 10:28
[caption id="attachment_280039" align="aligncenter" width="574" caption="Ranking mostra a pontuação e a colocação de cada país. Clique na imagem para vê-la ampliada"]
O Brasil aparece na 79ª colocação entre 176 países no ranking de percepção da corrupção, divulgado nessa quarta-feira (25) pela Transparência Internacional. O país divide a colocação com a Bielorrúsia, a China e a Índia. Em relação ao ano anterior, o Brasil piorou três posições na lista. Ficou com 40 pontos. O ranking vai de 0 (extremamente corrupto) a 100 (muito transparente). Quanto maior o índice, melhor o desempenho.
A Dinamarca e a Nova Zelândia, com índice de transparência de 90 pontos, a Finlândia e a Suécia, com 88, e a Suíça, com 86, são os países menos propensos à corrupção. Na outra ponta aparece a Somália, que, com dez pontos, ocupa a última posição no ranking pelo décimo ano seguido. Tecnicamente, a situação do Brasil é considerada estável, porque nessa última edição foram considerados oito nações a mais em comparação com 2015.
A Transparência Internacional destaca que a colocação do Brasil piorou nos últimos anos em razão das descobertas da Operação Lava Jato. Mas isso, ressalta, não é necessariamente ruim. "Apesar disso, o país mostrou neste ano (2016) que, através do trabalho independente de organismos responsáveis pela aplicação da lei, é possível responsabilizar publicamente aqueles antes considerados intocáveis", afirma a entidade em comunicado. Para o organismo, os resultados deste ano destacam a ligação entre corrupção e desigualdade: "Elas se alimentam mutuamente para criar um círculo vicioso entre a corrupção, a distribuição desigual de poder na sociedade, e distribuição desigual da riqueza". Essa interação entre a corrupção e a desigualdade também alimenta o populismo, segundo a Transparência. "Quando os políticos tradicionais não conseguem combater a corrupção, as pessoas ficam cínicas. Cada vez mais, as pessoas estão se voltando para líderes populistas que prometem quebrar o ciclo de corrupção e privilégio. No entanto, isso provavelmente exacerbará - em vez de resolver - as tensões que alimentaram o aumento populista em primeiro lugar", adverte a organização. Segundo a Transparência Internacional, os países com pior colocação no ranking são atormentados por instituições públicas não confiáveis e pelo mau funcionamento de instituições como a polícia e o Judiciário. A entidade avalia que leis anticorrupção são muitas vezes ignoradas ou dribladas e que as pessoas enfrentam situações de suborno e extorsão, de precariedade no serviço público em função de desvios e da indiferença do poder local. Essa é a situação, por exemplo, do Brasil, de acordo com o organismo internacional. "A grande corrupção prospera em tais configurações. Casos como Petrobras e Odebrecht no Brasil ou a saga do ex-presidente Viktor Yanukovich na Ucrânia mostram como o conluio entre empresas e políticos desvia bilhões de dólares em receitas de economias nacionais, beneficiando poucos em detrimento de muitos. Esse tipo de grande corrupção sistêmica viola os direitos humanos, impede o desenvolvimento sustentável e alimenta a exclusão social." Por outro lado, países mais bem colocados no ranking da corrupção "tendem a ter níveis mais altos de liberdade de imprensa, o acesso à informação sobre a despesa pública, normas mais fortes de integridade para os funcionários públicos e os sistemas judiciários independentes". Segundo os indicadores apurados pela Transparência Internacional, 69% dos 176 países analisados no estudo tiveram pontuação inferior a 50, o que reforça "o quão universal e sólida é a corrupção do setor público em todo mundo". Mais sobre corrupçãoTemas
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