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Congresso em Foco
14/7/2005 1:40
Carol Siqueira |
Há indícios de que o "alto companheiro" seja o ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Carlos Lessa, que teria constatado uma série de irregularidades no financiamento concedido pela instituição à empresa americana AES Corporation no processo de privatização da Eletropaulo em 1998. Na Câmara, o deputado petista Mauro Passos (SC) garante que será instalada uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar a participação do BNDES na venda de estatais a gigantes do setor elétrico. Criada em maio do ano passado, a CPI só não começou a funcionar, segundo Passos, porque PFL e PSDB resistem a indicar seus representantes para o colegiado. O petista diz que o partido vai levar adiante as investigações e que o momento é propício para a retomada do debate. "Agora, em função da visibilidade do assunto, eu espero que esses partidos deixem de hipocrisia e indiquem os membros da CPI", alfinetou. Indicado para a relatoria da comissão, Passos acusa pefelistas e tucanos de tentarem barrar a instalação da CPI, porque estariam, segundo ele, "diretamente envolvidos nas denúncias". Ao saber das declarações do petista, o ex-líder do PFL na Câmara, José Carlos Aleluia (BA), reagiu com irritação. Disse que sequer conhecia o colega, a quem chamou de "mentiroso deslavado". Aleluia afirmou que o PFL nunca se opôs a qualquer CPI e que já havia indicado representantes para a comissão. "Quem é contra investigação é o PT. O Lula que não quer investigar nada porque o governo dele está cheio de corrupção", acusou. Líder do PSDB no ano passado, Custódio Mattos (MG), preferiu não polemizar sobre o assunto e se limitou a informar que havia designado representantes para todas as vagas que cabiam ao partido na comissão. As informações da Secretaria-Geral da Mesa, no entanto, contradizem os parlamentares. De acordo com documento da Mesa, o PFL não formalizou a indicação de nenhum dos seus representantes, e o PSDB indicou, entre titulares e suplentes, nomes para três de suas quatro vagas. O PT promete indicar, ainda esta semana, representante para a última cadeira destinada ao partido na comissão. Segunda maior bancada na Câmara, o PMDB ainda precisa indicar seis deputados para a CPI. A instalação da CPI pode ocorrer a qualquer momento, conforme decisão do presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE). Ele tem poder, inclusive, para designar os representantes dos partidos e determinar o imediato início dos trabalhos da comissão. O líder do PP, deputado José Janene (PR), é outro a garantir que a CPI, desta vez, sairá da gaveta. "Não se trata de ser bom ou mau momento para a sua instalação. Ela deverá ser instalada para investigar a privatização do setor elétrico. Se houve irregularidade, os responsáveis terão de ser acionados na Justiça.", afirma Janene. O partido também deve ficar com a presidência da comissão, já que o pedido para instalação da CPI foi apresentado pelo deputado João Pizzolatti (PP-SC). |
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