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Dilma faz mea-culpa e admite que subestimou crise econômica

Congresso em Foco

25/8/2015 | Atualizado às 19:30

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[caption id="attachment_204755" align="alignleft" width="300" caption=""Vocês sempre me perguntam: em que você errou? Eu fico pensando. Em ter demorado tanto para perceber que a situação podia ser mais grave do que imaginávamos""][/caption] A presidente Dilma Rousseff admitiu que ela e seu governo demoraram a reconhecer a gravidade da crise econômica e deveriam ter adotado medidas para corrigir os rumos da economia ainda no ano passado, quando foi reeleita para mais quatro anos de mandato. Em entrevista aos jornais Folha de S.Paulo, O Globo e O Estado de S.Paulo, Dilma afirmou que "ninguém" esperava uma queda de arrecadação tão brutal e que as dificuldades só ficaram evidentes entre novembro e dezembro, após as eleições. "Vocês sempre me perguntam: em que você errou? Eu fico pensando. Em ter demorado tanto para perceber que a situação podia ser mais grave do que imaginávamos. E, portanto, talvez nós tivéssemos de ter começado a fazer uma inflexão antes", disse. "Talvez porque não tinha indício de uma coisa dessa envergadura. A gente vê pelos dados. Nós levamos muito susto. Nós não imaginávamos. Primeiro que teria uma queda da arrecadação tão profunda. Ninguém imaginava", acrescentou. A presidente tem sido acusada pela oposição e por aliados de impor uma agenda econômica que contraria frontalmente seu discurso de campanha. Na época, ela negava a gravidade da crise e atribuía aos seus adversários um clima de catastrofismo. "Eu nunca imaginaria, ninguém imaginaria que o preço do petróleo cairia de 105 dólares (o barril) em abril, para 102 dólares em agosto, para 43 dólares hoje. A crise começa em agosto, mas só vai ficar grave, grave mesmo, mesmo entre novembro e dezembro (de 2014). É quando todos os estados da Federação percebem que a arrecadação caiu", ressaltou. Corte de ministérios Dilma chamou os três jornais para explicar a reforma administrativa estudada pelo governo para cortar dez ministérios e mil cargos de confiança até setembro. "Vamos passar todos os ministérios a limpo", declarou. De acordo com ela, nem o PT escapará dos cortes. "Não é por partido. O critério não pode ser o PT será preservado e todos os outros... Não será isso." Em julho, em entrevista à Folha, Dilma chamou de "lorota" a proposta defendida pela oposição de reduzir o número de ministérios. Há dois meses, a petista dizia que a medida era inócua e não trazia "economia real" aos cofres públicos. A presidente alega que o principal objetivo do enxugamento é tornar os gastos mais eficientes. "Quero tornar eficiente o gasto. E tenho, ao mesmo tempo, de fazer a composição política", afirmou. PT na Lava Jato Dilma evitou comentar a atuação do juiz federal Sergio Moro, que já condenou 33 réus da Operação Lava Jato, e disse que não há como interferir nas investigações. A presidente disse ter sido surpreendida com a participação de petistas no esquema de corrupção da Petrobras. "Fui! E lamento profundamente! Posso falar uma coisa. Sou a favor de uma coisa que o Márcio Thomaz Bastos (ex-ministro da Justiça, morto ano passado) dizia. Não esperem que sejam as pessoas a fonte da virtude. Tem que ser as instituições. As instituições é que têm de ter mecanismo de controle. É muito difícil. Integra a corrupção o fato de ela ser escondida, clandestina e obscura." A presidente também não quis avaliar a situação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), denunciado pela Procuradoria-Geral da República ao Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção e lavagem de dinheiro. "Prefiro não falar sobre pessoas. Eu estou budista. Hoje sou Dilminha paz e amor", desconversou. Cunha acusa o governo de estar por trás da denúncia apresentada contra ele pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Temer e Lula A petista defendeu a atuação do vice-presidente da República, Michel Temer, que entregou ontem a articulação política do governo, em meio a desgaste. Dilma afirmou que o peemedebista foi mal interpretado quando disse que o momento político exigia alguém que pudesse "unificar" o país, o que foi interpretado como uma crítica à presidente. "Não acho que ele falou aquilo com a intenção que atribuíram a ele. O Temer tem sido de imensa lealdade comigo e tem responsabilidade com o país", afirmou. Dilma também negou que sua relação com o ex-presidente Lula esteja abalada. "As minhas relações com o Lula são as mais próximas possíveis. Todos aqueles que tentaram ou tentam me afastar dele, não vai dar certo. Eu conheço certas coisas do Lula de olhar. E não acho correto o que fazem com ele. Quero manifestar que acho que todas as atitudes que tentam diminuí-lo não vão dar certo." Imprevisível Ainda na entrevista, a presidente afirmou que o futuro da economia internacional se tornou imprevisível com o agravamento da crise na China, onde as bolsas de valores atingiram nessa segunda-feira a maior queda desde 2007. "Até eu voltar (da reunião) dos Brics (em julho), estava achando que (a situação da China) era superável. Só não contava com essa queda sistemática. Estava achando que era superável por tudo que eu sabia. Ia ter dificuldade, mas não ia ter uma situação muito difícil. A partir de hoje, não sei. Ninguém sabe." Embora reconheça que esteja preocupada com o crescimento da inflação e do desemprego, Dilma afirma que não há motivo para pânico no Brasil. "Não temos bolha. Nossas instituições financeiras todas são estáveis. Ninguém aqui no Brasil usou o crédito para comprar ativos desbragadamente. Ou se endividou comprando ações. Não temos uma estrutura especulativa no Brasil", declarou. Veja os principais pontos da entrevista na Folha Veja os principais pontos da entrevista no Globo Mais sobre economia brasileira
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