Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Menos cadeia, mais educação

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

Menos cadeia, mais educação

Congresso em Foco

17/5/2015 15:12

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

"Se eles podem aprender a odiar, eles podem ser ensinados a amar, porque o amor ocorre mais naturalmente ao coração humano do que o seu oposto."

Nelson Mandela

Muitos acreditam que a prisão de jovens infratores, assim como é feito com adultos, vai reduzir a violência no país. Este tem sido o debate em torno da PEC 171/93, que prevê a redução da Maioridade Penal do Brasil para 16 anos.

Todos somos afetados pela violência e queremos sua diminuição. O problema é que, devido à falta de informação, às vezes se usa um remédio que tem o efeito contrário ao esperado. É o que pode acontecer caso não saibamos conduzir bem este debate e a decisão legislativa. Nos últimos anos, em nosso país, nunca se encarcerou tanto. Temos a terceira maior população carcerária do mundo. Apesar disso, nunca houve uma tão forte sensação de insegurança. A verdade é que o Brasil é um dos países que possuem a menor idade para o ato infracional: 12 anos. Em outras palavras, qualquer criança ou jovem, a partir dos 12 anos de idade, pode ser punido, inclusive preso. O ECA, Estatuto da Criança e do Adolescente, não usa esse termo, mas é disso que se trata. A tão propalada impunidade é mentirosa, é falsa. Essas "medidas sócio-educativas", que podem ser chamadas de punições, vão da advertência à internação compulsória. E, apesar de todos os problemas das casas de internação, da falta de investimentos por parte do governo e das dificuldades pedagógicas, a taxa de reincidência entre os jovens infratores é de 20% - contra 70% do sistema penitenciário adulto. Sim, 20% de jovens reincidindo ainda é um número alto. Mas será que a melhor solução é inscrevê-los na "Escola Superior do Crime", onde a taxa de reincidência é de 70%? Ou não seria mais eficaz investir nos abrigos e casas de internação, investir mais em educação e cobrar a aplicação do ECA - que é uma belíssima lei e que não é cumprida em sua integralidade? Os mais novos, para utilizar um termo do senso comum, são mais "recuperáveis" que os adultos. Nesse momento, muitos podem estar preocupados com aqueles jovens de 16, 17 anos que cometem crimes hediondos. Em primeiro lugar, eles são exceção - apenas 0,5% dos casos. Em segundo lugar, podemos analisar, dentro do próprio ECA, a hipótese de alguém que cometeu um homicídio com 17 anos ter uma internação socioeducativa maior, que não acabasse dali a um ano, quando ele atingisse a maioridade penal. Nós estamos abertos a discutir alternativas, mas nunca no âmbito da redução da maioridade penal, do Código Penal. O controle e o acompanhamento pelos juizados da Criança e do Adolescente é que precisam ser aprimorados. A solução pelo castigo violento e pelo confinamento não é solução: é agravamento do problema. Mais sobre maioridade penal
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

violência chico alencar jovens eca criminalidade maioridade penal infratores

Temas

Direitos Humanos Segurança Pública

LEIA MAIS

Segurança Pública

Comissão aprova reintegração de trechos vetados em lei das polícias

MANIFESTAÇÃO PRÓ-PALESTINA

Ativista brasileiro desembarca em Guarulhos após prisão em Israel

ATIVISTA PRESO EM ISRAEL

Família é informada que brasileiro foi levado para deportação

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

COMÉRCIO

Câmara vota fim da regra que exige acordo para trabalho em feriados

2

Piso Salarial

Comissão da Câmara aprova piso salarial para tradutores e intérpretes

3

TRÊS PODERES

Entenda as "emendas paralelas" que entraram no radar do STF

4

GUERRA NO ORIENTE MÉDIO

Grupo de políticos brasileiros tenta sair de Israel pela Jordânia

5

ECONOMIA

Hugo Motta: urgência contra aumento do IOF é "recado da sociedade"

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES