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Dossiê: oposição quer OAB nas investigações

18/10/2006
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Líderes da oposição oficializaram hoje (18) o pedido para que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) acompanhe as investigações sobre a compra do dossiê que envolveria políticos do PSDB com a máfia das ambulâncias.

O presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), e o presidente nacional do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), entregaram documentos ao presidente da OAB, Roberto Busato. De acordo com os documentos, há uma "estranheza em relação à demora na apuração" do caso e que há "graves indícios de abuso do poder de autoridade".

Os senadores oposicionistas pediram a Busato que a OAB exija transparência nas investigações sobre a origem do dinheiro (R$,1 7 milhão) apreendido para a compra do dossiê. "Sabemos que a OAB não vai se prestar a um papel eleitoral, mas historicamente tem sido uma instituição que exije transparência. Estamos aqui para reforçar à OAB que faça mais uma vez esse papel", declarou o presidente do PSDB.

Roberto Busato disse que a OAB irá "conclamar pela transparência". "Em relação à PF, não vejo onde podemos interferir, mas podemos conclamar pela transparência".

Os oposicionistas também pediram para que a OAB fique atenta ao apoio dado pelo governador do Mato Grosso, Blairo Maggi (PPS), à candidatura do presidente Lula à reeleição. Pelo apoio de Blairo, Lula teria liberado R$ 3 bilhões ao agronegócio, sendo R$ R$ 1 bilhão para o Mato Grosso. "Isso nos parece crime eleitoral", afirmou Bornhausen ao presidente da OAB. "Todos esses problemas estão na instituição da reeleição", respondeu Busato.

Polícia FederalOs líderes da oposição também foram à Superintendência da Polícia Federal e protocolaram ofício e tiveram encontro com o diretor geral da instituição, delegado Paulo Lacerda, com o intuito de pedir agilidade nas investigações do caso do suposto dossiê contra tucanos.
"Acredito que a nossa petição foi feita em nome da sociedade brasileira. Demos uma força para que o trabalho passe a ser feito com mais agilidade e rapidez", declarou Bornhausen. De acordo com o senador pefelista, Lacerda mostrou que há possibilidade de terminar o inquérito ainda antes do segundo turno. "Tenho esperança que tudo se resolva antes do segundo turno. Isso é algo que todo mundo quer. Não só os partidos políticos", afirmou Bornhausen. (Rodolfo Torres)
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