Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Helicópteros dos Bombeiros do DF para Copa estão sem seguro total

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

Helicópteros dos Bombeiros do DF para Copa estão sem seguro total

Congresso em Foco

15/6/2014 | Atualizado 16/6/2014 às 13:33

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA
[caption id="attachment_158495" align="alignleft" width="285" caption="Agnelo entrega aviões aos Bombeiros sem seguro total, ao contrário do helicóptero dele"][/caption] Afonso Morais, especial para o Congresso em Foco

O acidente de helicóptero que matou o ex-jogador de futebol Fernandão e outras quatro pessoas há nove dias prova que voar é uma atividade de alto risco. Em qualquer circunstância mas, sobretudo, para pilotos da aviação de segurança pública. Com a expectativa de protestos violentos durante a Copa do Mundo, grupamentos aéreos de polícia militar, civil e corpo de bombeiros das 12 cidades-sedes colocam de prontidão 57 helicópteros para garantir a paz de torcedores e agir em operações de resgate. Oito dessas aeronaves estarão nos céus de Brasília.

Mas nem a grande demanda prevista para o Mundial de Futebol fez o Governo do Distrito Federal contratar o seguro total aeronáutico para a frota aérea dos Corpo de Bombeiros Militares (CBMDF). Desde 2007, está desprotegido um patrimônio de pelo menos R$ 30 milhões, segundo o valor de mercado dos quatro aviões e dois helicópteros, conforme dados fornecidos pelo governo e estimativa do mercado da aviação. Além disso, estão menos protegidas as tripulações, que contam apenas com um seguro de vida obrigatório e limitado a R$ 54 mil por pessoa.

Os Bombeiros são a única corporação da capital federal sem cobertura integral, composta por um seguro obrigatório (Reta), um de patrimônio (casco) e um de vida (LUC). Eles têm apenas a primeira proteção. Situação inversa acontece com outras aeronaves e tripulações do GDF, como a do próprio governador Agnelo Queiroz (PT), que possui todos os três seguros para cobertura patrimonial e das vidas em risco - uma proteção que cobre indenizações às famílias na casa dos milhões de reais.

Os quatro aviões de combate a incêndio florestal e dois helicópteros dos Bombeiros têm voado há sete anos só com o seguro obrigatório, o "DPVAT da aviação". Sem o chamado Responsabilidade Civil do Explorador ou Transportador Aéreo (Reta), a legislação proíbe qualquer aeronave de decolar. O Reta não cobre danos ao casco dos equipamentos em caso de queda, colisão ou roubo. Para indenizar tripulantes, passageiros e vítimas em solo em caso de morte, paga só R$ 54 mil por pessoa e também o mesmo valor por danos em bens em terra, como casas e carros.

Segundo oficiais ouvidos pelo site, os dois helicópteros dos Bombeiros já foram requisitados para ficarem à disposição durante a Copa. Devem voar como nunca em dias de jogos em Brasília. O objetivo é atender a população e os turistas durante o Mundial, principalmente porque uma aeronave tem a UTI móvel mais completa do Brasil.

Prejuízos

Desde o ano passado, 31 helicópteros caíram no país. Se qualquer uma das aeronaves dos Bombeiros, que têm apenas o Reta, cair e sofrer perda total, o governo terá de usar novamente o dinheiro do contribuinte para comprar outra. E, se houver mortes, as famílias dos militares receberão uma indenização limitada. "A tripulação das aeronaves deve estar coberta por seguro total a qualquer custo", reivindica o diretor administrativo da Associação Única dos Bombeiros Militares Ativos e Inativos do DF (Asbom), Luciano do Nascimento.

Para se ter uma ideia do prejuízo material, já que a vida dos tripulantes é inestimável, o valor do helicóptero EC 135 T2, que tem a Unidade de Terapia Intensiva mais completa do Brasil, é de US$ 6 milhões (R$ 13 milhões).

O seguro obrigatório dessa aeronave custou menos de R$ 4 mil. De acordo com o especialista em assuntos aeronáuticos e diretor comercial da TASS Brasil Seguros, Sérgio Henrique Magalhães, o seguro completo de toda a frota aérea dos bombeiros é indispensável e custaria entre R$ 900 mil e R$ 1 milhão por ano.

No caso de perda de uma aeronave o impacto para o brasiliense seria enorme, pois o atendimento à população ficaria comprometido até a reposição do equipamento. Em 2013, os dois helicópteros dos bombeiros prestaram 731 atendimentos, média de duas ocorrências por dia. O EC 135 T2 atendeu 243 deles.

De acordo com um oficial do Grupamento de Aviação Operacional do CBMDF (Gavop) ouvido pelo site, é importante manter a proteção completa. "Ter ou não seguro não afeta a segurança do voo porque são realizados manutenção e treinamentos. Mas o resgate  aéreo da população não pode ser interrompido por causa de um sinistro. O cidadão que paga seus impostos não pode ser prejudicado e ficar sem atendimento", avaliou ele.

Proposta no mês que vem

De acordo com o a Secretaria de Comunicação (Secom) do Governo do Distrito Federal, só no mês que vem, Agnelo Queiroz vai analisar propostas para cobrir a frota dos Bombeiros com seguro completo.  Em nota ao site, a secretaria disse que a última vez em que as aeronaves dos bombeiros tiveram as duas proteções complementares foi "até meados de 2007". "Neste ano a corporação está elaborando minuta de Lei que contempla a indenização a título de seguro de vida e de acidentes envolvendo os militares de serviço, que deverá substituir o atual seguro de aeronaves, cuja a proposta será encaminhada ao Exm Sr. governador do DF até 02 de julho próximo", completou.

Ainda de acordo com a Secom, os seguros aeronáuticos estão "em fase de processo licitatório que se encontra em poder da Diretoria de Materiais e Serviços do CBMDF".

Exemplo de fora

Apesar de fazer apenas voos executivos esporádicos, o helicóptero oficial do governador Agnelo Queiroz não fica sem o seguro total, composto pelo Reta, uma proteção maior a danos ao casco e uma apólice para as famílias bem maior, o chamado "LUC". Da mesma forma, as aeronaves do Detran e dos comandos das polícias Militar e Civil do DF têm, no mínimo, o Reta e o seguro do casco. Uma parte ainda possui também o LUC.

Especialistas no setor aéreo recomendam que todas as aeronaves estatais tenham o seguro completo: Reta, casco e LUC. Muitos estados, como Goiás, São Paulo e Amazonas, não permitem a decolagem de suas aeronaves sem, pelo menos, a proteção ao casco.  Haverá jogos da Copa nos dois últimos estados.

Mais sobre Copa do Mundo Nosso jornalismo precisa da sua assinatura
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

pictures Brasília Segurança Pública Copa do Mundo Agnelo Queiroz Copa do Mundo 2014 gdf aviação Distrito Federal aviões bombeiros Afonso Morais aviação civil aviação militar região centro-oeste seguros helicópteros reta Luc casco Luciano do Nascimento Sérgio Henrique Magalhães Asbom

Temas

Reportagem Esporte

LEIA MAIS

Segurança pública

Saiba o que muda com a PEC dos guardas

Transportes

Senado propõe incentivo econômico para aviação regional na Amazônia

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO

Comissão aprova aposentadoria especial para supervisores pedagógicos

2

ESQUEMA DE ESPIONAGEM

Veja a íntegra do relatório da PF sobre a Abin paralela

3

Sobras eleitorais

STF tem 3 votos para manter decisão que substitui sete deputados

4

Charlatanismo Religioso

Medida no Senado amplia pena por charlatanismo religioso

5

CÂMARA DOS DEPUTADOS

Relator da cassação de Carla Zambelli já assinou impeachment de Moraes

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES